sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Bersaglier, uma cerveja na casa de vinhos?!?


Para a minha surpresa, e ao mesmo tempo felicidade, encontramos varias cervejas artesanais em casas de vinhos em Buenos Aires, que apesar de serem especiazadas em vinho e 99% da loja estar coberta disso, tinham uma cerveja artesanal que não conheciamos. A Bersaglier vem em garrafas de longneck e em três estilos, muito comuns nas artesanais de lá, Kolsch, Scotich Ale e Stout, ou como são chamadas genericamente, Rubia, Roja e Negra. A bela embalagem da Bersaglier infelizmente não condiz com a sua cerveja, que nos três estilos tinham gosto de remédio, apesar de a cor delas estarem dentro do estilo. Todas elas tinham pouco amargor e baixa formação de espuma.
Postado pelo amigo e homebrew Alessandro Ren

2º Parada: Buller Brewing Company


A cervejaria Buller fica estabelecida em um dos mais movimntados bairros de Buenos Aires, a Recoleta, foi aberta em 1999.
A Recoleta seria o equivalente a nossa Padre Chagas (Porto Alegre
), obviamente com suas respectivas proporções distintas. Localizada no coração da Recoleta, a cervejaria é muito frequentada e constantemente está cheia.
São produzidos 6 estilos de cervejas que são eles: Light Lager (ruim), Oktoberfest (razoável), Cream Pale Ale (mediana), Honey Beer (ruim), India Pale Ale (ótima) e Dry Stout (boa).
Existem diversas opções de petiscos e pratos na casa, o equipamento segundo a garçonete que nos atendeu é todo importado da Alemanha e fica exposto pra que todos os visitantes vejam.
Uma característica marcante em Buenos Aires é a preferência de produção pelo estilo Inglês e o uso praticamente único de lúpulo Cascade em todas as suas produções (mesmo não sendo o ideal).

Onde beber:

Buller Pub & Brewery - Recoleta
Pte. Roberto M. Oritz, 1827
5411 4808 9061

Buller Pub - DownTown
Paraguay, 428
5411 4313 0287

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

1° Parada: Cervejaria Antares


A mais famosa cervejaria artesanal Argentina, muitas vezes considerada como a Eisenbahn Argentina. A Cervejaria Antares foi criada em 1998 por Mariana Rodríguez, Leonardo Ferrari e Pablo Rodríguez , a primeira de Mar Del PLata.
Como a maioria das cervejarias artesanais a Antares foi criada a partir do hobby de seus proprietários que desde 1994 já produziam suas primeiras cervejas caseiras.
Após visitar diversos brewpubs e cervejarias locais nos EUA, em 1996 voltando para a Argentina decidiram começar a pensar seriamente na produdção em maior escala para a venda.
Em 1998 foi criada em um velho galpão próximo a Mar del Plata o brewpub da cervejaria Antares, baseado nas suas visitas nos EUA especialmente pela cervejaria Sierra Nevada.
A produção hoje gira em torno dos 60.000 litros.
Degustei todas as cervejas de linha deles que são: Kölsch, Scotch, Porter, Cream Stout, Honey Beer, Barley Wine e Imperial Stout. Talvez por um motivo de marketing e para facilitar a venda todas elas são versões suavizadas dos seus estilos, com execção da Imperial Stout e Barley Wine, minha preferida.
A Scotch, Porter e Cream Stout chegam a passar a impressão de que são blends umas das outras.
Já a versão Kölsch se apresenta extremamente turva, fora do padrão, e sem o sabor seco característico das alemãs originais.
Além das do cardápio, experimentamos uma nova de trigo especial de verão, fabricada com levedura pilsen, de péssima qualidade e sabor, nem perca tempo com ela.
Com bons bares em Buenos Aires a cervejaria é uma boa pedida para degustação, mas não vá com a expectativa de que ela é uma Eisenbahn Argentina, pois a comparação não procede e fica muito longe da nossa mais famosa Cervejaria Artesanal.
Dica: Visitamos as duas casas de Buenos Aires, apesar de a do Puerto Madero ser maior, a casa de Palermo Holywood é mais aconchegante e menos turística.
As cervejas Antares estão a venda nos principais supermercados comprei no Carrefur na faixa de 12 pesos a garrafa de 600ml que apresentou qualidade semelhante as "tiradas", como se fala por lá o nosso famoso chopp.

Onde beber:

Palermo Holyweood - Buenos Alires
Armenia, 1447 - tel 5411 4833 9611

Puerto Madero - Buenos Aires
Alicia Moreau de Justo, 1808 - tel 5411 4315 6371

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Direto de Buenos Aires


Ontem chegamos a Buenos Aires, Alessandro Ren, eu e as respectivas e já passamos no supermercado para as gurias fazerem as compras da casa e nós dos mantimentos líquidos. Passeando por nosso bairro descobrimos várias casas cervejeiras, entre elas uma que trabalhava com uma cerveja artesanal até então desconhecida por nós. Bersaglier (Kolsch, Scottish Ale e Cream Stout) para o início das degustações no apartamento.
Mais tarde publicarei as avaliações das mais especiais e também das cervejarias que iremos visitar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Dado Bier Lager



Recebi este mail do amigo Jorge Gitzler, que por sua vez recebeu do Dado Bier divulgando sua nova cerveja as características seguem abaixo:


Meus caros,

É com muita satisfação que apresento a vocês nossa Nova Cerveja!
Como vocês sabem, somos a 1ª Microcervejaria do país, e de certa forma, referência no sofisticado segmento das cervejas especiais.
Com a Dado Bier Lager estamos entrando no novo e promissor mercado das embalagens de um litro, que em países como a Argentina e Uruguai, já é tradicional o consumo de cerveja nestas garrafas.
A DADO BIER LAGER mantém o mesmo critério qualitativo aplicado nas nossa outras seis cervejas.
Na prática, estamos trazendo para a escala industrial a expertise adquirida em 15 anos de produção de cervejas especiais.
Claro que sou suspeito, mas a cerveja ficou maravilhosa! É do tipo Pilsen, tem 5% de teor alcoólico e o preço sugerido é R$ 4,90 (nos supermercados).
Para o desenvolvimento da nova cerveja e toda montagem do negócio, investimos aproximadamente R$ 5 milhões e dois anos de trabalho.
Arrendamos parte da capacidade produtiva da Cervejaria Riograndense, que fica em Santa Maria, pois as nossas plantas artesanais não possuem capacidade para um projeto deste porte.
Além de um ótimo produto, de uma marca forte e de custos competitivos, dependemos de uma estrutura de distribuição eficiente para conseguir avançar neste "peleadíssimo" mercado. E para tal desafio confiamos à Importbeers, empresa especializada neste segmento, a comercialização da Lager.
A DADO BIER LAGER já está disponível nos supermercados. Espero que vocês apreciem e indiquem aos amigos!

Um forte abraço,

Dado

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Harmonização do leitor

O amigo Ivan Bustamante envia mais uma bela opção de harmonização Ratatouille e Leffe Blond.
Segue abaixo a receita:
- Azeite de Oliva de boa qualidade (desta vez usei um de Spoletto, linda cidade que visitei.
- batatas
- abobrinha cortada em pedaços grandes
- Pimentões Verdes, Amarelos e Vermelhos.
- Cebola cortada em quatro
- Alho com casca
- Cenoura também em pedaços grandes.
- Alecrim
- Sal

Modo de preparo:
- Pré aquecer o forno.
- Cozinhar as batatas, mantendo-as firme.
- Em uma bandeja forrada com aluminio colocar todos os ingredientes acima, menos os pimentões que só devem ser levados ao forno mais tarde devido à pele fina dos mesmos. Regar generosamente com azeite, sal um pouco mais que a gosto e Alecrim. Pimenta vai ao gosto do freguês.
- Ao colocar os pimentões, dar uma mexida nos ingredientes, e terminar de assar deixando as batatas dourarem.
- Servir quente.
Harmonização:
- Optei por uma Leffe Blond , que proporciona um leque interessante de sabores que combina com a variedade do prato. Ao degustá-la com o prato, pude sentir um toque doce mais pronunciado, porém sem interferir no seu amargor.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ambev lança lata de 269ml da Stella Artois


Sem alarde a Ambev lança no mercado a cerveja Stella Artois em latas de 269ml. Única versão que eu saiba no mundo neste tamanho da marca, a lata como podem verificar na foto ao lado é horrorosa, bom pelo menos condiz com a cerveja fabricada aqui no Brasil, ao contrário da original que é uma boa cerveja.
Mais um tiro no pé que a Ambev dá ao menosprezar seus consumidores brasileiros. Muito mais criativo seria seguir a risca a fórmula original melhorando a qualidade da cerveja apresentada aqui no Brasil.
Ainda no nosso país as grandes do setor cervejeiro não querem saber de qualidade e sim de $$$$$.

Cerveja de Extrato Muntons


Neste domingo resolvi fazer minha 1º experiência cervejeira sozinho. Como ainda estou orçando e pensando nos equipamentos que irei comprar resolvi fazer uma cerveja de extrato. Odiada por alguns homebrews e aceita por outros, este processo é amplamente utilizado em grandes cervejarias e brewpubs do Reino Unido.
O kit escolhido foi o Muntons Premium Gold IPA, comprado na http://www.brazilways.com.br/ , importadora exclusiva dos kits.
A Muntons Malt foi estabelecida no Reino Unido em 1921 e atualmente processa mais de 210.000 toneladas anuais de malte em grãos e extratos de malte para as indústrias de cervejas, destilados e de alimentos.
Cada kit contém 2 latas de 1,8kg/cada e 1 sachê de fermento Muntons Gold.
Além do kit comprei o Muntons Beer Enhancer, que contém 1kg de dextrose e extrato de malte em pó para ser usado diretamente como substituto do açúcar em qualquer receita de cerveja.
A “spray-dry” dextrose contém açúcares simples que dizem acelerar o início da fermentação diminuindo as possibilidades de contaminação. A porção de extrato de malte em pó do Beer Enhancer também se refere a melhorar a formação e retenção de espuma, aumenta o corpo e sabor da cerveja.
O dois únicos equipamentos necessários para a produção de cerveja em formato de Kit's é uma panela de 3.5 litros de preferência em inox somente para o uso na produção e um fermentador de plástico ou inox atóxico, que custa na faixa de R$ 30,00 e pode ser comprado na http://www.emplasul.com.br/ , nele deverá ser adaptado uma torneira de jardim plástica na parte inferior e outra na parte superior onde será usado como o airlock em conjunto com uma mangueira plástica e um copo de água. Para a produção são necessários 20 litros de água mineral com ph em torno de 5.5.
No próprio kit está descrito o passo a passo para a produção mas abaixo segue um resumo:
- Aqueça as latas em banho-maria por 5 minutos para amolecer o conteúdo e facilitar a dissolução.
- Dissolva o conteúdo das latas em 3,5 litros de água fervente. (mineral)
- Despeje no fermentador e complete com água fria até 23 litros. (mineral)
- Misture bem de forma que todo o extrato líquido esteja bem dissolvido.
- Para obter cervejas com mais corpo e maior teor alcoólico, acrescer 1kg de Beer Enhancer.
- Certifique-se que a temperatura esteja entre 20ºC e 24ºC.
- Adicione o sachê de fermento e deixe fermentando por 4-7 dias na temperatura recomendada para cada tipo de cerveja. (no caso de 18 a 21ºC)
- Para o primming adicione 85 gramas de Spraymalt ou açucar cristal.
- Engarrafe e deixe a 18-20ºC por 2 dias para carbonatação.
- No caso de embarrilhar não é necessário o primming, apenas realizar a carbonatação com um cilindro de CO2 a 15 psi.
- Armazene a baixas temperaturas por 1 a 2 semanas para maturação e clarificação da cerveja, nos 2 processos.
IMPORTANTE: Todos os equipamentos devem ser higienizados, eu utilizei água fervente, cloro e iodofor.

II Encontro Aberto da Acerva Gaúcha


Dia 04 abril será realizado o II Encontro Aberto da Acerva Gaúcha.
O evento contará com a participação de 8 microcervejarias aqui do Estado e mais uma grande variedade de cervejas dos membros da Acerva Gaúcha. Os convites são limitados. Não serão aceitas reservas, portanto a organização solicita que adquiram os seus o mais breve possível.
A venda dos convites será da mesma forma que do ano passado, a pessoa interessada manda um e-mail para contato@acervagaucha.com.br , recebe o numero da conta corrente, deposita e manda um novo e-mail com copia do depósito e nome completo das pessoas.
O Valor do Ingresso é de R$ 35,00 por pessoa, incluindo almoço, refrigerante e cervejas a vontade.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Workshop e Encontro de Cevejeiros Artesanais

Seguindo as boas experiências do ano passado, em Blumenau e Pomerode, muito em breve, a ACervA Catarinense promoverá o primeiro Workshop e Encontro de Cevejeiros Artesanais deste ano, previsto para o mês de maio (data a confirmar) em Joinville, Litoral Norte de Santa Catarina. O encontro terá um clima de Stammtisch, com barracas e atrações diversas. Será proporcionado uma oportunidade ímpar para a confraternização e troca de conhecimento, tanto aos iniciantes, quanto aos mais experientes. Os amigos Ivan G. Steinbach e Diogo Züge, vencedores da última edição do Concurso Mestre-Cervejeiro Eisenbahn conduzirão o workshop, produzindo uma leva ao vivo junto com os participantes. Para convencer a turma de que vale a pena, uma leva da mesma cerveja estará disponível para degustação, produzida antecipadamente. Mais adiante serão divulgados outras informações, como a data definitiva, valores, e detalhes da programação. Portanto, o convite é reforçado para que todos se programem e comparessam para brindar mais um belo evento da ACervA Catarinense !!
O evento estará sendo realizado em parceria também com a www.brazilways.com.br e a cervejaria OPA Bier www.opabier.com.br

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cervejaria japonesa cria cerveja de chocolate amargo


A cervejaria japonesa Sapporo lançou em janeiro uma edição limitada de uma cerveja de chocolate amargo. Batizada de Chocolat Brewery Bitter, a cerveja é fabricada com malte torrado e cacau e tem sabor amargo de chocolate. O kit com três latas de 350 ml custa cerca de US$ 16 (R$ 36).
Aqui no RS a Dado Bier lançou sua cerveja com chocolate a pouco tempo e por hora só a venda em barril no Dado Bier Bourbon Country.

Feira Drinktec e Oktoberfest viagem técnica

Este blog em parceria com a Cervejaria Abadessa e a Mediolanum Tour operator está organizando uma viagem cervejeira para Alemanha e República Tcheca no mês de setembro/2009. De um total de 20 pessoas no grupo ainda existem 5 vagas. O grupo é formado por cervejarias, homebrews e cervejeiros.
O programa segue abaixo:
PROGRAMA DE VIAGEM:
16 de setembro: /São Paulo / Roma / Munique
Saída de São Paulo. Embarque em vôo Air Itália para Roma. Conexão imediata para Munique
17 de setembro: Munique
Chegada no Aeroporto de Munique. Transfer em ônibus privativo para o Hotel em Munique, cat 3***superior. Passeio em Marienplatz e Virktuellenmarkt. Janta na Cervejaria Unionsbraeu(http://www.unionsbraeu.de/)
18 de setembro: Munique – Feira Drinktec
Visita a Feira Drinktec maior feira do setor cervejeiro do mundo(http://www.drinktech.de/). Janta na Cervejaria Brauhaus Paulaner ( http://www.paulanerbraeuhaus.de/)
19 de setembro: Munique
Desfile de abertura da Oktoberfest 2009. Dia inteiro na Oktoberfest.
20 de setembro – Munique
Visita a Cervejaria do Monastério de Andechs desde 1455(http://www.andechs.de/). Opcional Oktoberfest
21 de setembro: Munique – Bamberg
Viagem a cidade cervejeira de Bamberg(http://www.bierstad.de/) Acomodação em Hotel, cat 3***superior. Visita a 5 cervejarias:
Ambräusianum ( http://www.ambraeusinum.de/) Faessla ( http://www.faessla.de/) Greifenklau( http://www.greifenklau.de/)
Kaiserdom ( http://www.kaiserdom.de/) Keesmann ( http://www.keesmann-braeu.de/
22 de setembro – Bamberg
Visita a mais 5 Cervejarias:
Spezial (http://www.brauerei-spezial.de/) – melhor Rauchbier do mundo Klosterbraeu (http://www.klosterbraeu.de/)
Maisel ( http://www.maisel-bamberg.com/) Mahrs ( http://www.mahrs.de/) Schlenkerla ( http://www.schlenkerla.de/)
Visita a maltaria Weyemann guiada pelos proprietários
23 de setembro – Bamberg – Pilsen
Saída de Bamberg para Pilsen na República Tcheca. Chegada em Pilsen, acomodação em Hotel 3***Superior. Passeio por Pilsen. Janta no Restaurante da Cervejaria Urquell ( http://www.prazdroj.com/)
24 de setembro – Pilsen
Visitação a Cervejaria Prazdroj e Museu Cervejaria (http://www.prazdroj.com/)
25 de setembro-Pilsen – Munique
Saída de Pilsen para Munique. Chegada em Munique. Acomodação em Hotel 3***superior. Dia livre para compras, visita a Oktoberfest, etc....)
26 de setembro: Munique – Roma – São Paulo
Embarque em Munique. Visita a Cervejaria Airbraeu, no Aeroporto. Embarque para São Paulo( conexão em Roma)
Para maiores informações e valores mande mail para pedro@getmax.com.br ou daiane@mediolanum.com.br

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cervejaria do Mestre: American Pale Ale


No dia 24 de janeiro tive o prazer de participar da estréia do equipamento do amigo Alessandro Ren. Neste dia foram feitos 80 litros de uma American Pale Ale, http://trinktmehr.blogspot.com/2009/01/o-mestre-brewery-inaugurada.html, após 16 dias degustei a primeira leva de 20 litros ontem na companhia de amigos.
Esta APA está perfeita, seu amargor é presente mas não demasiado, sua cor é de um dourado intenso puxando para o vermelho, espuma densa, cremosa e duradoura. No paladar apresenta um pouco de sabor cítrico do lúpulo cascade que com o "tomar" dos copos vai ficando atenuado.
É uma cerveja de ótimo amargor mas que pode ser degustada com tranquilidade, drinkability muito bom.
A cerveja está perfeita dentro do estilo proposto com notas beirando a pontuação máxima no BJCP, na minha avaliação.
Como o Alessandro está em Curitiba e ainda não degustou a cerveja, vamos deixar ele com água na boca com as fotos.
Para acompanhar entramos no estilo americano e saboreamos coxinha da asa frita com molho BBQ temperadas com Chicken Salt ao som de Sweet Home Alabama do Lynyard Skynyard.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Cave BSG: Amber Ale


A alguns posts atrás já tinha comentado que estão a venda um lote de 20 unidades da Amber Ale da Cave BSG, interessados mandem e-mail para eduardoboger@yahoo.com.br , neste final de semana tive o prazer de experimentar ela em versão garrafa já que tinha degustado a mesma somente em barril.
A Amber Ale da BSG é uma cerveja do estilo American Amber Ale, mas na sua versão mais "strong" possível, com alto amargor. Este estilo é também conhecido como Red Ale em algumas regiões, estas cervejas foram popularizadas no norte da California, para depois se espalharem pelos EUA.
A embalagem ficou ótima, rótulo muito bem feito e bem trabalhado, apresentação profissional.
APARÊNCIA: Coloração morrom avermelhado escuro. Boa formação e retenção de espuma, um pouco turva devido ao depósito de fermento encontrado na garrafa.
SABOR: Sabor intenso de lúpulo, provavelmente de origem americana, cascade. sabor de malte moderado um pouco caramelado. Lúpulo se destaca mais que o malte no balanço geral.
CORPO: Corpo médio, carbonatação moderada-alta, amargor intenso mas agradável.
IMPRESSÃO GERAL: Ótima cerveja, amargor invejável semelhante as ESB da Fuller's. Poderia ter um pouco mais de sabor de caramelo que ficou mascarado devido ao alto grau de IBU. Uma das melhores que já tomei do estilo.

Cerveja St. Edmund’s chega ao Brasil


Chega ao Brasil a cerveja St. Edmund’s, produzida pela Greene King, maior cervejaria do Reino Unido, localizada em St. Edmund’s, Suffolk. A criação desta cerveja foi inspirada na história da Catedral da cidade. A cerveja foi a escolhida para casar o contemporâneo com o patrimônio tradicional.
A catedral de St. Edmund’s localizada em Suffolk na Inglaterra é um local repleto de história e tradição. Edmund, nomeado rei aos 15 anos em 855, morreu aos 29 anos, após confronto com vikings, onde terminou torturado e assassinado. Foi enterrado na abadia da catedral. Lendas dizem que Edmund se negou a recusar à fé católica e por isso foi morto como um mártir.
A catedral é hoje um local importante de turismo e peregrinação de fiéis do mundo todo. Com mais de mil anos de história fascinante, a catedral, as igrejas e os jardins da Abadia são um componente essencial em qualquer visita em Bury St. Edmund’s.
Sobre a cerveja:
Teor alcoólico: 4,2%
Tipo: Golden Ale
País origem: Inglaterra
Embalagem: garrafas de 500 ml
A venda nas melhores lojas cervejeiras e supermercados.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Negra Modelo


Semana passada recebi do meu amigo Alessandro Ren duas garrafas da Negra Modelo. Cerveja mexicana industrial do gigante grupo Modelo, maior do país.
A fábrica a apresenta como uma cerveja estilo Munich, com um delicado aroma de malte escuro, caramelo e lúpulo, não é bem assim.
As duas que degustei apresentam características mais parecidas com uma Vienna Lager ao meu ver, inclusive por sua cor avermelhada escura que contra a luz se apresenta em um rubi denso. Pelo seu amargor também segue a linha do estilo Vienna. Com baixa formação e retenção de espuma ela é mais uma cerveja que apresenta qualidade na sua embalagem mas peca no sabor e definição de estilo.
As garrafas que degustei apresentaram uma leve oxidação.
Esta cerveja podem ser comprada na fronteira do Uruguai com valor na faixa de U$ 0.90.
Avaliação final: Dispensável, encontramos melhores no estilo (Vienna Lager) como por exemplo a Eisenbahn 5.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Harmonização Cave BSG

No último sábado fui convidado a participar da brassagem de uma Weiss na Cave BSG (composta pelos amigos homebrews Eduardo Boger, Jorge Gitzler, Léo Sassen e Mauro Butze) e também uma harmonização em paralelo com a American Amber Ale produzida a um tempo atrás pelos mesmos. O cardápio ficou a cargo do Chef Roberto Giordani que nos presenteou com um Khao Pad Goong Subparrod (Arroz frito servido no abacaxi com camarão, passas de uva, abacaxi e castanhas de caju, Nam Pla, red curry) prato de estilo Thai, estava perfeito bem como a harmonização com a AAA, sugerida pelo Boger.
A American Amber Ale produzida pela BSG está dando um show a parte. Já degustei somente uma ou duas cervejas deste estilo, mais comum nos EUA, mas a que tomei da BSG é a que mais me agradou apesar de fugir um pouco do estilo pelo seu IBU acentuado, culpa do Boger e Jorge que não economizam no lúpulo. Com 5.5% de álcool, seca, 33 IBUs e cor âmbar com boa formação de espuma mas baixa carbonatação. Segundo Boger, sua inspiração são as cervejas inglesas mas há uma pitada de lúpulo bem americana, tornando esta cerveja difícil de ser comparada com as de mercado. Normalmente uma cerveja como este estilo é para ser degustada, uma ou duas garrafas, como estavamos com ela em barril a degustação durou toda a tarde, obrigando os presentes a intercalar com alguns copos de água.
Além da American Amber Ale degustamos também 10 litros de uma Weissbier trazida pelo Chaulet que estava perfeita, assim como a Robust Porter, a Tripel (em parceira com Sewald) e a Scottisch Ale que degustei ontem a noite. A Tripel como já tinha dito para o Sewald anteriormente é a melhor que já tomei de um homebrew, simplismente perfeita.
Voltando a BSG no final da produção da Weiss o Boger preparou uma receita a parte que por hora não posso divulgar, apenas quando estiver pronta.
Uma pequena partida da produção da American Amber Ale está sendo vendida, apenas 20 garrafas, ao valor de R$ 20,00 preço normal ou R$ 15,00 mediante o comprometimento do comprador em enviar uma ficha de avaliação do BJCP para o feedback do Boger. Custos de frete das cervejas serão cobrados a parte. Corra pois já está acabando !!






Caso tenha interesse enviar e-mail para eduardoboger@yahooo.com.br








terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Steinbier Brasil


Durante algumas semanas eu, Alessandro Ren e Maurício Chaulet estivemos em contato para marcarmos uma tentativa de brassagem utilizando as pedras quentes. Chaulet o que mais estudou sobre o assunto ficou muito empolgado com a idéia como nós.
O primeiro passo foi decidirmos o tipo de pedra a ser usada. Na internet existe uma literatura razoável sobre o assunto mas dificilmente é indicada o nome correto da pedra para o processo. Chaulet chegou a conclusão de que o granito bruto vermelho seria o mais indicado por sua resistência e semelhança com as utilizadas por outras pessoas nas tentativas.
Após escolhemos o local, na casa da familia Ren em Sapucaia do Sul, onde teríamos uma boa área de escape caso desse algo errado e também pela infraestrutura local com lenha, água de poço já analisada e fogueira já criada.
Como foi a 1º vez de outras que pretendemos fazer a receita (ver imagem neste post) foi feita o mais simples possível para depois podermos analisar exatamente o que as pedras podem agregar ao sabor, corpo e aroma da cerveja.
No dia anterior as pedras foram lavadas e escovadas com água e detergente clorado e deixadas de molho neste composto para retirar todos os possíveis resíduos que por ventura estivessem presentes na mesma, no outro dia foram enxaguadas.
Com o fogo já acesso e em alta temperatura, colocamos as pedras sob ele dentro de um cesto de alúminio para começar o aquecimento das pedras, em torno de 30 minutos depois retiramos as pedras e inserimos na panela com os 45 litros de água para mostura, a água passou de 19ºC para 32ºC em questão de minutos, como tinha ficado pouco tempo no fogo as pedras foram retiradas e esquentamos a água no fogareiro até os seus 65ºC para começar o processo de mostura.
Já com as pedras no fogo e o malte pronto para a mostura inserimos o mesmo na panela e após as pedras que já estavam no fogo em torno de 2 horas, com este tempo elas ficaram realmente bem mais quentes e elevaram a temperatura da água para os 76ºC fazendo o mashout e se mantiveram durante uns 20 minutos, após, as pedras já com o malte colado voltaram para o fogo e finalizamos a mostura no fogareiro.
Com as pedras no fogo já a umas 3 horas e com a mostura já filtrada e de volta a panela com o lúpulo, iniciamos a fervura com as pedras elevando a temperatura a mais de 90ºC durante 20 minutos, após as pedras voltam ao fogo, usamos o fogareiro para mais 20 minutos e depois finalizamos os 20 minutos finais com as pedras.
O processo de resfriamento foi realizado com um chiller de imersão do Alessandro de aço inox e após filtrarmos novamente, com um filtro de voal, para a retirada do sedimento o mosto foi inserido no fermentador (40 litros) junto com o fermento S04 onde irá permanecer no porão dos Ren em uma temperatura média de 23º durante 10 dias.
Como estavamos fazendo uma cerveja de método antigo, resolvemos preparar um prato rústico para harmonizar e que também entrasse no ambiente de nostalgia do pessoal.
Fizemos uma costela bovina estilo janela de 4.5 Kg assada durante 3 horas no forno a lenha em temperatura média de 120 graus regada a bockbier e acompanhada de batatas e cebolas com casca marianadas no dia anterior com azeite de oliva extra virgem, vinagre com alho e adobo.
Para matar a sede 20 litros de Abadessa Export.
Clique no link para ver um vídeo http://br.youtube.com/watch?v=9KVe3x3RyD0 .
Ressaltamos que esta foi uma experiência, a 1º do Brasil acreditamos, onde pudemos aprender muito sobre o processo e assim aperfeiçoar nosso conhecimento para uma próxima tentativa sempre em busca do melhor resultado possível.
Clique no link abaixo para ver as fotos com o processo completo. ehttp://picasaweb.google.com/flunardelli/SteinSpiderBier?authkey=sYL4c_iFtbA# neste link também para mais fotos http://www.flickr.com/photos/30125234@N00/ .

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

1° Steinbier do Brasil - pré post


Após um dia de muito trabalho publico o 1° video da Steinbier produzida na casa do amigo Homebrew Alessandro Ren (Sapucaia do Sul-RS), em parceria com este humilde que vos escreve, mais o amigo Fernando Lunardelli e o também homebrew Mauricio Chaulet que estudou o processo por mais de 1 ano. Amanhã farei um post com mais fotos, videos e os detalhes da produçlão inédita no Brasil.
Agradecemos a Família Ren pela disponibilidade do local, primordial para o sucesso da brassagem e também a Cave BSG pelo empréstimo da panela e do fermentador.

Steinbier

Nem sempre as cervejas foram feitas em caldeiras de metal. Mesmo os mais antigos métodos onde se utilizavam caldeiras de cobre já são bem atuais para a idade da cerveja. Hoje em dia o mais comum são as panelas de inox ou alumínio (homebrews).
Existem provas de que no ínicio da produção cervejeira da humanidade o mais comum a ser utilizado eram as caldeiras de madeira. Obviamente por serem feitas deste material não era muito inteligente utilizá-las diretamente no fogo. A alternativa mais comum nesta época para produzir cerveja eram as pedras (Stein, pedra em alemão) quentes. Este era o único modo com o qual o cervejeiro poderia ferver o mosto sem danificar a caldeira, até então de madeira.
Além de ferver o mosto este processo também caramelizava os açucares do malte que ficavam encrostados na pedra.
Após a cerveja ser resfriada e retirada da caldeira para fermentar, normalmente as pedras eram adicionadas junto, fazendo com que a cerveja ficasse com um sabor levemente defumado e adocicado.
Hoje em dia a única cervejaria a produzir uma Steinbier na Alemanha é a Rauchenfels, em Neustadt, provavelmente a 1° com este método.
No mundo poucas são as fárbicas que produzem Steinbier, entre elas além da citada, existe a Boscos nos EUA.
Não existem relatos, nem de fábricas nem de tentativas de produção, na América Latina.
Abaixo vídeo com exemplo da produção da fábrica alemã.