sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Cervejas brasileiras conquistam espaço na Semana Mesa SP


Cervejaria Colorado estará oferecendo seu portifolio para degustação, incluindo a premiada Indica, eleita pela Prazeres da Mesa como ”A Cerveja do Ano”.
Pela primeira vez, o maior evento enogastronômico da América Latina, que reúne 5º Prazeres da Mesa ao Vivo, 2º Mesa Tendências e Jantar do Século, estará oferecendo programação com degustação de cervejas premium brasileiras. A Semana acontece entre os dias 3 e 7 de novembro, no Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, em São Paulo.
Baden Baden, Cervejaria Colorado, Dado Bier e Eisenbahn estarão presentes em dois diferentes momentos do evento: aula de degustação e Minuto da Cerveja, atividades criadas pela organização para prestigiar o amadurecimento da cultura cervejeira no País.
Alan Gattiboni, beer sommelier do Barbacoa, fala sobre “Cervejas Escuras” durante o Minuto da Cerveja, no dia 05/11, às 16h30. No dia 6/11, às 14h30, é a vez do cervejólogo e blogueiro Edu Passarelli por em pauta as “Cervejas de Trigo”, no Minuto da Cerveja. Neste mesmo dia, Edu Passarelli comanda também a aula de degustação sobre Cervejas Brasileiras na Sala 8. No dia 07/11, Fabiano Bellucci, beer sommelier do FrangÓ, fala no Minuto da Cerveja, às 14h30, sobre universo “Pielsen”.
Para Marcelo Carneiro da Rocha, Presidente da Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, a iniciativa de incluir as cervejas brasileiras entre as degustações do evento como produtos premium é um grande reconhecimento ao produto nacional, em especial às microcervejarias brasileiras que tanto vêm trabalhando pelo desenvolvimento do setor.
A Cervejaria Colorado estará participando tanto da Semana Mesa SP, quanto do almoço que será preparado pelo chef Rodrigo Oliveira à comitiva espanhola de Ferran Adrià no Restaurante Mocotó (data mantida sob sigilo), com todos os seus produtos diferenciados: Appia (weiss com adição de Mel de Laranjeira), Cauim (pilsen feita com Mandioca), Demoiselle (porter com sabor e aroma marcantes de café) e Indica (Índia Pale Ale com Rapadura, eleita a “Cerveja do Ano” de 2008 pela revista Prazeres da Mesa).
Mais informações e inscrições para a programação da Semana Mesa SP ligue (11) 2179.1199 ou acesse http://www.prazeresdamesa.uol.com.br/

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Fergal Murray pede desculpas a Colorado

Resposta de Fergal Murray:
Dear Mr. Carneiro,

Firstly, I want to express my honest apologies about this misunderstanding.During my visit in Brazil, I tasted some local beers during an event with journalists, and I can assure you that I did not, at any moment, say a negative word about any beer, as none of them drew my negative reaction the way you described. Certainly there was some misunderstanding, perhaps caused by the translation from English to Portuguese language, that may have generated some misinterpretation of my words.As a fan of all beers the world over, and as a part of my job, my objective is to promote our sector - not to denigrate it.My deep apologies if there has been any misunderstanding. Should you require a direct conversation on the matter, do not hesitate to let me know so that I can more fully understand this issue.

Cordially,

Fergal Murray


Fergal Murray
Master Brewer
Brand Technical Equity & Quality Improvement

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O paraíso é aqui

bá tá me
São poucos os momentos que marcam nossas vidas. No meio cervejeiro eles também acontecem e vão demarcando o nível com que evoluímos na área. Acho que subi alguns degraus a caminho de Gambrinus.
No último sábado estive visitando a Cave BSG (Boger, Sassen e Gitzler), o Jorge Gitzler me convidou para conhecer o local e ver o processo de fabricação de uma Kölsch para o aniversário do Sassen (espero que me convide) e também uma Robust Porter para o concurso da ACERVA Gaúcha que deve acontecer em dezembro.
Como eu sou um apreciador de cerveja e não um homebrew, fiquei encarregado do churrasco enquanto o pessoal produzia as cervejas. Durante o processo fomos degustando algumas das produções da BSG primeiramente degustamos uma Bock produzida pelo Gitzler, Mauro Butze e pelo Alessandro Ren começamos com o pé direito pois eu adoro o estilo e ela estava muito boa seguindo a risca as melhores de Munique. A Robust Porter que estava sendo fabricada já estava na panela no processo de cozimento então fui observar a produção da Kölsch desde o ínicio. O cuidado com a limpeza antes da produção me chamou a atenção, obviamente sei que os equipamentos devem ser esterelizados a cada produção mas o pessoal da BSG não brinca com o assunto. Enquanto o Sassen lavava o equipamento o Alessandro abriu uma Weiss produzida por ele , Gitzler e Mauro de estilo alemão para o meu gosto, mas com carbonatação em ecxesso apesar de saborosa.
Bom voltamos para mais uns 4 ou 5 canecos da Bock para acompanhar o churrasco, enquanto o Sassen produzia a cerveja para o seu aniversário, pensei comigo para meu aniversário em maio, "que comprar cerveja pronta, o negócio é a mão no malte".
Logo em seguida chega o Boger. Mais carismático do grupo e talvez o que tem a maior experiência em homebrew me serviu logo uma IPA que participou do concurso da Argentina, outra boa cerveja, apesar do pessoal da BSG ser extremamente crítico com suas produções. Bom minha próxima cerveja foi a de batismo, a Pink Ale, na verdade uma brincadeira, segundo eles quem vai lá pela primeira vez tem que tomar um copo pelo menos. O sabor era bom mas a cor terrível um rosa choque parecido com a gelatina da vovó, acredito se tratar de uma Pale Ale com corante. Após o batismo creio que fui autorizado a tomar uma das melhores cervejas de degustação que já experimentei e da qual nem conhecia o estilo que foi a Nosferatu Snake Juice, uma Speciality Ale produzida pelo Boger em homenagem a francesa Belzebuth, servida a uns 16º. Bom a última cerveja degustada por mim do dia e a que eu mais me apaixonei, a melhor IPA que já tomei depois da Stone IPA, foi a Rio Grande Ale, uma IPA com alto aroma e sabor de lúpulo turva, quase medieval e impossível de se beber uma só, acabei levando um barril de 20 litros para casa para ter certeza de que era boa mesmo já que tinha tomado diversos estilos durante o dia, confirmei a qualidade e a paixão arrebatadora que tive pela mesma.
O que pude tirar de conclusão no final do dia já em casa pensando em tudo que foi apresentado a mim é que a paixão, dedicação e carinho da BSG pela cerveja é enorme a gana para a cada produção querer sempre melhorar e aprimorar a técnica é de dar inveja.
Os equipamentos, alguns por eles criados, são praticamente de uma produção de microcervejaria, aliás quando vocês vão começar a vender suas cervejas? Quero elas no Bierkeller, no Nossa Senhora do Ó até mesmo no Cherry Blues.
As idéias de cada um que nem sempre são aceitas uns pelos outros acabam se completando tornando o grupo um só e este grupo é a BSG e a Cave BSG é especial, quem faz parte dela é único e produz cerveja com vida e alma.


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Marcelo Carneiro X Fergal Murray

COMUNICADO DE INDIGNAÇÃO

Movimento “Quem é você que não sabe o que diz”

A Cervejaria Colorado vem a público manifestar sua indignação ao comentário maldoso, pouco ético e sem fundamento emitido pelo mestre-cervejeiro da Guinness, Sr. Fergal Murrey, em relação à cerveja brasileira.
Agora que a Europa está em crise, parece que as grandes cervejarias estrangeiras começam a ter um grande interesse no nosso mercado. Semana passada esteve em São Paulo o cervejeiro da Guinness Sr. Fergal Murray “a convite” da multinacional DIAGEO, para ensinar brasileiro a beber cerveja, a deles.Foi ao Anhanguera, que só vende cervejas artesanais brasileiras, e com uma careta qualificou a cerveja Demoiselle, da Cervejaria Colorado, como "É café, gelo e álcool". Oras bolas, Sr. Murrey! Gosto à parte, mas paladar é fundamental nesta nossa jornada de cervejeiro. Preferimos acreditar que fôlego lhe faltou neste maravilhoso tour beergastronômico pelo Brasil. Pior ainda foi que o comentário saiu publicado no Jornal da Tarde do último dia 21/10/2008, sob o título “Em busca da loira perfeita”.Em resposta a este palpite infeliz do Sr. Fergal Murray, fazemos questão de manifestar nossa indignação e desrespeito à cerveja brasileira, que com muita luta vem criando sua própria escola, com muita garra, perseverança e dedicação das micro-cervejarias.O referido palpite do Sr. Murrey não surtiria tanta indignação se viesse de uma observação isenta, mas o texto já desde o título dita idéias eugênicas (“Em busca da loira perfeita”, como se toda cerveja fosse loura e alguma delas perfeita), e segue num tom abertamente colonizador com o cervejeiro, pretendendo ensinar o repórter a beber, ser homem e assumir o controle. Rechaçamos com veemência esse tipo de postura.Quem nos lê sabe que a Cervejaria Colorado é brasileira com muito orgulho, e utiliza os melhores ingredientes somados a toda criatividade de profissionais respeitados e premiados no segmento para elaborar seu portifolio. E a Colorado não faz só a Demoiselle, faz vários outros tipos de cerveja usando maltes e lúpulos, é claro, mas também ingredientes tipicamente regionais, como o mel de laranjeira, a mandioca, a rapadura e o café. Isso nos difere das estrangeiras, está fazendo com que nossas vendas aumentem a cada dia, e o mais importante, estamos agradando e construindo o paladar brasileiro para as cervejas premium. Será que é isso que aflige a produção massificada a ponto de recebermos comentários nada éticos como o do Sr. Murrey? Então, como ninguém da Cervejaria Colorado vai à Irlanda espinafrar por escrito as cervejas irlandesas, resolvemos dedicar um sambinha ao Sr. Murray:

PALPITE INFELIZ (CANÇÃO ADAPTADA de Noel Rosa, em honra a Ricardo Rosa, autor da Demoiselle)

Quem é você que não sabe o que diz?
Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!
Salve Dado, Bamberg, Falke Wals e o Schmitt
Que sempre souberam muito bem
Que a Colorado não quer abafar ninguém,
Só quer mostrar que faz cerveja também
Fazer cerveja em Ribeirão é um brinquedo
Temos bons chopes sabe até o arvoredo
Eu já chamei você pra ver
Você não viu porque não quis
Quem é você que não sabe o que diz?
A Colorado é uma cervejaria independente
Que tira chope, mas não quer tirar patente
Pra que ligar a quem não sabe
Aonde tem o seu nariz?
Quem é você que não sabe o que diz?

Deixamos aqui registrado nosso pesar ao paladar vicioso do Sr. Murray, que ao experimentar o novo e inusitado produto tropicalizado brasileiro não soube apreciar o que tem sido aclamado pelo público nacional. A todos os outros desejamos um brinde!

OBS. REPASSE ESTA MENSAGEM A TODOS QUE APRECIAM A CERVEJA NACIONAL E O TRABALHO DAS MICROCERVEJARIAS BRASILEIRAS.

Marcelo Carneiro da Rocha
Presidente da Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto / SP – Brasil

Nota do Editor: Já me manifestei na época do lançamento da Demoiselle e também achei o sabor e aroma de café em excesso, mas obviamente isto é uma opinião minha, o gosto por uma determinada cerveja é muito pessoal e nunca vai agradar a todos os paladares. Conheço diversas pessoas que não gostam da Guinness uma das cervejas mais amadas no mundo, e não é por falta de conhecimento, mas sim por não agradar ao paladar. Acho que como o Sr.Fergal Murray é um formador de opinião muito forte no meio cervejeiro pode ter ofendido o pessoal da Colorado com sua opinião. Obviamente ela foi no mínimo rude já que um mestre-cervejeiro de renome como ele caso estivesse realmente com vontade de classificar a Demoiselle não poderia ter feito isto com estas palavras e especialmente em um local imprório para uma avaliação técnica, mas vamos respeitar a história cervejeira inglesa de mais de 500 anos de tradição, enquanto eles fabricavam cervejas o Brasil estava sendo descoberto.
Mas fica aqui um recado para todas as microcervejarias do Brasil:
Nunca uma cerveja será unânime, cada pessoa tem um nível de paladar diferente, o importante sim é a qualidade e seriedade com que o produto, no caso a cerveja, é produzido como alerta o Marcelo acima no texto e que eu sei que a Cervejaria Colorado segue a risca. Adoro a Ápia e a Indica, já a Demoiselle para mim, está fora do padrão Porter que conheço e também não agrada meu paladar pelo alto poder de aroma e sabor do café empregado nela. Mas esta minha opinião como a do Fergal (sem querer me comparar a ele) é apenas a opinião de uma pessoa que tomou uma determinada cerveja e não gostou. Isto acontece com todos os fabricantes do mundo, é bom se acostumar.
Em tempo, a opinião de Fergal não é sobre a cerveja brasileira como um todo, nem mesmo sobre as cervejas da Colarado no geral, mas sim por uma específica que no caso é a Demoiselle.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Novas cervejas na Costi Bebidas

Sempre a frente no que diz respeito a cervejas no mercado gáucho a Costi Bebidas este mês entra com mais estes rótulos na sua carta cervejeira, agradecemos ao Rogério Costi e sua equipe pela coragem em trabalhar com este mercado que ainda é muito restrito e caro.
Aproveite o final de semana para degustar os novos lançamentos. O editor deste blog indica a Tcheca Pilsen , Estrella Damm Inedit , Hacker-PSchorr Anno 1417 Kellerbier e a 8.6 Special Blond.
Para comprar entre em http://www.costibebidas.com.br/


Schornstein amplia equipe com a contratação de um mestre-cervejeiro

Inovação e profissionalismo são as palavras que têm servido de norte à Cervejaria Schornstein. Depois do anúncio da abertura de uma fábrica em São Paulo, tornando-se a primeira artesanal catarinense a sair do Estado sede, a indústria fundada em 2006 anuncia agora a contratação de mais um mestre-cervejeiro na ampliação da equipe. Cláudio Roberto Zastrow também é Químico Industrial e tem experiência em produção, qualidade, custos, orçamentos, engenharia de processo e gerenciamento de projetos na Europa, Ásia e Brasil.
Filho do também mestre-cervejeiro Curt Zastrow, Cláudio atualmente faz MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. E tem diploma internacional em Tecnologia Cervejeira (2005) pela World Brewing Academy Siebel Institute of Technology (Chicago/EUA) & Doemens Academy (Munique/ALE), é mestre em Biotecnologia (2000) pela Universidade Federal de Santa Catarina, técnico Cervejeiro (2000) pelo Curso Técnico Especial em Cervejaria do Senai de Vassouras (RJ) e Químico Industrial (1998) pela Universidade da Região de Joinville.
Até fevereiro deste ano, trabalhava na cidade de Copenhagen, na Dinamarca, no Alectia (Brew Department - DANBREW). Realizou trabalhos para a Carlsberg Dinamarca (transferência da antiga fábrica do centro de Copenhagen para Fredericia), construção de nova fábrica de cervejas para a SAB Miller Rússia, em Ulyanovsk, e ampliação de planta industrial da Derbes Brewing Co. (BBH Group/Carlsberg), em Almaty no Casaquistão. E tem na bagagem, ainda, várias outras experiências profissionais, no Brasil e no Exterior. Na Schornstein terá o compromisso de contribuir no crescimento da empresa.
Até então, o cervejeiro José Carlos Rosa cuidava da produção. Agora, dividirá as tarefas com Zastrow. O antigo profissional não tem curso de cervejeiro, mas muita experiência no currículo. Seu primeiro emprego foi como auxiliar de cervejeiro na Brahma, em Porto Alegre, empresa para a qual trabalhou por 14 anos. Depois, teve passagens por diversas microcervejarias artesanais até chegar a Pomerode.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Altbier x Kolsch - Guerra sem fim


Düsseldorf e Colônia, as duas principais cidades do noroeste da Alemanha, vivem uma intensa e divertida rivalidade que começa pela cerveja -assunto seríssimo para os alemães. Os moradores de uma Düsseldorf industrial e sofisticada chamam de "líquido ralo e sem graça" a cerveja "kölsch", típica de Colônia. Já os habitantes da cidade rival, mais turística e casual, xingam a cerveja "alt", orgulho da rival, de "remedinho horrível", por seu gosto mais amargo e cor escura. Durma-se com um colarinho apertado desses. Que, aliás, fica apenas por cima de uma polêmica que engloba aspectos como estilo e qualidade de vida, poder econômico, atrações turísticas e até futebol. Do lado mais acima do rio Reno, atual capital política da Renânia do Norte-Westfalia e principal centro da moda na Alemanha, Düsseldorf se orgulha da Königsalle, uma espécie de Champs Elysées com pragmatismo alemão: um quilômetro com suntuosas sedes de bancos de um lado e butiques de grifes renomadas do outro, cortado ao meio por um canal, árvores, jardins repletos de flores e ciclovias. Um pouco mais ao sul, à margem do mesmo rio, Colônia, a antiga capital do Estado, aposta na sua grande catedral e se produz, perfumada com a tradicional água de cheiro que leva seu nome, para atrair visitantes que lhe geram renda. Tão perto, tão longe Se Düsseldorf tem um jeitão mais São Paulo de ser, o estilo de Colônia é bem carioca. Entre as duas, a doce rivalidade faz parecer bem maior a distância de pouco mais de 40 km vencidos rapidamente pela autobahn (auto-estrada) ou por trens velozes. Enquanto o morador de Düsseldorf, mais formal, costuma usar terno até para comer pizza -ou salsicha- no domingo à noite, o de Colônia prefere um estilo bem mais relax, que não chega ao exagero de bermudas ou jeans. Uma é mais executiva, por conta de suas indústrias e bancos. A outra, mais universitária, com estudantes predominando na fauna local. Em um único local a rivalidade Düsseldorf-Colônia arrefece um pouco. É na Altstadt (Cidade Velha) da primeira, que concentra, em cerca de 500 m2, mais de 200 restaurantes, cervejarias e bares, numa seqüência conhecida como "o maior balcão" do mundo. Vem gente até de Colônia beber sua "kölsh" ("argh!" para os locais) e gastar horas em torno de copos e mais copos, debatendo com energia as diferenças. Se está mesmo provado que só é possível filosofar em alemão, como diz a música, a culpa só pode ser da cerveja. Por natureza, criação ou vocação, diz o lugar-comum, os alemães são sérios, tensos, rigorosos e meticulosos; através da "loura", servida nem tão gelada assim, eles soltam seu lado mais expansivo, generoso, alegre e falante. Aliás, diga-se, como falam quando bebem! Parece que discutem sempre. O idioma, ao que parece, convida. É nas mesas de bar -ou melhor, das cervejarias- que a polêmica entre as duas cidades atinge seu tom mais alto. Nem as salsichas, seus diversos tipos, qualidades, calibres e tamanhos escapam das ditas comparações. A gastronomia, que na Alemanha combina muita carne suína, batatas e chucrute, além de tortas e doces servidos com fartas porções de creme chantili, não é lá muito light. Embora aqui caiba uma dica que faria a cabeça do gaulês Obelix: nas cervejarias e restaurantes da Cidade Velha em Düsseldorf, vale a pena pedir um eisbein (ou joelho de porco) assado que, acompanhado da "alt bier" e de uma mostarda que dói no cérebro de tão forte, é de se comer -literalmente- chorando. Bem diferente do eisbein gorduroso normalmente servido nos restaurantes alemães no Brasil. Visitei Colônia e Düsseldorf em 2005 e senti um pouco da rivalidade, obviamente as duas são cervejas ótimas e bem diferentes.
Fonte: UOL Turismo
Ilustração: Gentilmente cedida por cervezauy - Cerveceros de Uruguay
Atualizado: Segue abaixo comentário do post feito pelo Homebrew Leonardo Sewald Cunha:
Vi que tu falou das mostardas. Na verdade, Düsseldorf também leva esse assunto muito à sério, sendo a cidade considerada o paraíso das mostardas. Eles produzem diversos tipos. Tem uma loja lá na altstadt onde tu encontra todas elas para degustação, e preciso dizer que são todas excelentes, quem gosta sente vontade de comprar todas, eheheh. O joelho de porco é preparado de duas formas distintas, recebendo dois nomes diferentes. O Eisbein é o joelho de porco preparado à moda berlinense, ou seja, cozido/fervido em água com temperos diversos. Já no sul da Alemanha, além de cozinhar, eles costumam assar a peça em fogo alto (às vezes hidratando-a com um pouco de cerveja), para transformar aquela camada grossa de gordura em uma pururuca, quase um torresmo. Esse é o Schweinshaxe, que na Oktoberfest é vendido aos montes, e alguns alemães o consomem quase que como uma coxinha de galinha, pegando com a mão e segurando no osso mesmo. Para os que quiserem se aventurar a preparar um joelho de porco, a minha dica é a seguinte: pro Eisbein, além dos acompanhamentos tradicionais, preparar um molho vermelho picante pra servir por cima; pro Schweinshaxe, faça uma cama de rodelas de cebola crua (não economize) numa forma, coloque o joelho de porco com algumas tiras de bacon por cima, esqueça o regime, regue com uma cerveja (aproveitando pra tomar uma, é claro) e leve ao forno. Ah, e chame os amigos pra comer, porque o corte do joelho do porco aqui no Brasil é umas três vezes maior do que lá fora!
grande abraço,
Sewald

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Workshop na Schornstein ensina a fazer cerveja artesanal caseira


A Cervejaria Schrornstein receberá apaixonados pela arte de fazer cerveja para um workshop especial, criado pela Associação dos Cervejeiros Artesanais de Santa Catarina (ACervA Catarinense). Será no dia 25 de outubro (sábado), nas dependências da fábrica artesanal do município mais alemão do Brasil. A idéia é apresentar o processo da produção caseira, bem como o procedimento profissional, mantido na Schornstein. O evento é destinado tanto aos cervejeiros caseiros, que já lidam com o tema, quanto para todos aqueles que desejam ter o primeiro contato com esta prática.
A promoção deve começar às 11h, se estendendo até o final da produção da cerveja, por volta das 17h. O valor do workshop é de R$ 50 por pessoa (com direito a almoço no restaurante da Schornstein, rodada de degustação de chopes da Schornstein; degustação de cervejas caseiras). Uma van sairá de Florianópolis para o transporte dos interessados. No retorno, o veículo fará uma parada na Oktoberfest, em Blumenau.
O quê: Workshop “Produção Caseira de Cervejas Especiais”
Quando: 25 de outubro de 2008
Onde: Cervejaria Schornstein (Pomerode/SC)
Quanto: R$ 50 por pessoa
Horário: a partir das 11h

Cervejaria Schornstein
Rua Hermann Weege, 60 - Centro (ao lado do Zoo)
Pomerode - SC
Contatos: (47) 3387-6655
schornstein@schornstein.com.br

Stone Brewing Co.



A Stone Brewing Co. é uma microcervejaria de Escondido, San Diego Califórnia, criada por 2 amigos amantes de cerveja. A fábrica foi criada em 1996 e produz ótimas cervejas Ale's. Recebi do meu amigo Fernando Cadore que mora por lá duas de suas produções, a Stone IPA e a Arrogant Bastard Ale. A cervejaria se destaca também no seu visual e estilo de propaganda, completamente diferente do Europeu. Visitando o site, http://www.stonebrew.com/ alguém mais leigo no mundo da cerveja pode achar que está em algum site de uma Skate Shop ou algo do gênero.
A Arrogant Bastard Ale é uma cerveja do estilo Pale Ale mas turbinado , com 7.2 % de teor alcoólico até hoje é a melhor Pale Ale que já tomei, não é uma cerveja para iniciantes ela é muito forte, como diz no prórprio site dela http://www.arrogantbastard.com/ chega a ser agressiva.
Já a Stone IPA é uma cerveja do estilo Indian Pale Ale , possui teor alcoólico de 6.9 % 77 IBU, o lúpulo nela é abundante, mais do que o normal encontrado no estilo, parece literalmente que você está comendo o próprio lúpulo misturado a cerveja o aroma é detectado a distância. Ela é fabricada com os lúpulos dos estilos Magnum e Centennial.
A fábrica possui um excelente bar e restaurante onde todas as cervejas podem ser degustadas, existe também um belo jardim onde acontece as festas da cervejaria de aniversário e alguns outros eventos.
se você estiver com viagem marcada para San Diego ou arredores não deixe de visitar, vale o preço do deslocamento. Visite o site para agenda, programação de visitas e maiores informações.
ATUALIZADO: Segundo meu amigo e presidente da ACERVA Gaúcha Jorge Gitzler existe uma espécie de filial da Stone Brew Co. na Argentina próximo a Buenos Aires.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Baviera, a Alemanha começa aqui



A Baviera é o maior estado alemão em superfície, e sua população de 12 milhões de habitantes cultiva as tradições como em nenhuma outra parte da Alemanha.
Até 1950 predominava na Baviera a agricultura como principal ramo econômico. E ainda hoje, a região pré-alpina e outras partes do território bávaro dependem da agricultura e da silvicultura. Mas a partir de meados do século passado, a região transformou-se num moderno estado industrial e de prestação de serviços.
A Baviera é hoje o centro número um da tecnologia avançada na Alemanha. O estado dispõe de uma competência excepcional em tecnologia da informação e comunicação, biotecnologia, tecnologia genética e técnica medicinal.
A Baviera deve sua grande atratividade turística à rica herança histórico-cultural, como também ao encanto de sua impressionante beleza natural. Os Alpes, com o pico mais alto da Alemanha – o Zugspitze (2.962 metros), a região pré-alpina com lagos maravilhosos como o Chiemsee e o Königssee, o Parque Nacional da Floresta Bávara (Bayerischer Wald), as florestas Fränkische Alb, Fichtelgebirge e Steigerwald, entre outros, oferecem ao turista atrações incomparáveis.
O estado é rico em extensos parques urbanos – como o de Schönbusch em Aschaffenburg, o Hofgarten em Ansbach ou o Jardim Inglês (Englischer Garten) em Munique – e em castelos e palácios suntuosos, ressaltando-se os do "rei dos contos de fada" Ludwig 2º: Lindenhof, Neuschwanstein e Herrenschiemsee.
O traje típico não é usado apenas por ocasião de grandes festividades populares, como na anual festa da cerveja, a Oktoberfest, em Munique. A cerveja bávara (preparada segundo o preceito de pureza de 1516) é mundialmente conhecida; o lúpulo para tal fabrico é cultivado no próprio estado. Mas também os vinhos da Francônia são apreciados pelos conhecedores.
A capital, Munique, é um centro significativo da ciência e da pesquisa, em decorrência sobretudo das renomadas universidades e de outros estabelecimentos de ensino superior, da Biblioteca Estatal Bávara – uma das maiores da Europa, com mais de 6 milhões de volumes – do Instituto Max Planck de Física do Plasma, do reator de pesquisas e de outras instituições. Munique possui no Deutsches Museum a maior coleção mundial da história das ciências naturais e da técnica, além de numerosas edificações históricas e museus de arte.
As outras grandes cidades bávaras são: Nurembergue (491 mil habitantes), Augsburg (258 mil habitantes), Würzburg (130 mil habitantes), Regensburg (127 mil habitantes), Ingolstadt (117 mil habitantes), Fürth (111 mil habitantes) e Erlangen (102 mil habitantes).


O grande brasão estatal da Baviera contém em quatro campos as armas de quatro territórios que compõem o estado: Palatinado, Francônia, Baixa Baviera e Suábia. A parte central é formada pelo escudo com losangos brancos e azuis, adotado a partir de 1242 como imagem heráldica pela família real bávara dos Wittelsbacher. Sobre o escudo repousa uma coroa foliforme dourada com pedras vermelhas e verdes. O pequeno brasão da Baviera, de uso mais corrente, mostra apenas o escudo central com os losangos brancos e azuis, sobreposto pela coroa dourada.
Estado Livre da Baviera
Capital: Munique
Superfície: 70.552 km²
População: 12,0 milhões

1º encontro aberto da ACERVA Gaúcha



Neste sábado acontece o 1º Encontro Aberto da ACERVA Gaúcha, o evento já é um sucesso e está com os ingressos esgotados. Estão confirmados 120 convidados e mais de 340 litros de ótimas cervejas caseiras dos estilos descritos na imagem ao lado. Quem não fez sua reserva até quarta-feira (15/10/2008), terá que esperar até o ano que vem para o próximo encontro.
Prosit

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Baden Baden 310 ml


Recebi hoje pela manhã esta caixa muito bem bolada da Baden Baden que está na foto. No interior da caixa que imita um quadro negro estavam os 4 últimos lançamentos da Baden Baden a Cristal, Golden Ale, Bock e Red Ale em versões de 310ml. Junto as garrafas estavam receitas gastronômicas que utilizam as respectivas cervejas.
Este lançamento da Baden Baden é voltado para o mercado gourmet que utiliza as cervejas na produção de suas receitas, agora, com um controle maior já que a garrafa de 310 ml tem a medida padrão para a maior parte de receitas elaboradas.
Esta embalagem também é voltada para quem aprecia as cervejas especiais mas não quer ser obrigado a tomar uma garrafa de 600ml.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Empório Vila Germânica recebe exposição de Rótulos de Cervejas durante a Oktoberfest


Quem passar pelo andar superior do Empório Vila Germânica durante a Oktoberfest poderá conferir uma exposição que apresentará mais de 50 rótulos de cervejas de 21 países, fotografados por Claúdio Brandão e ampliados em 24 painéis de 1,20 metro por 80 centímetros. Fazem parte da exposição marcas de países como Alemanha, Mongólia, Egito, Suécia, entre outros. O Brasil estará representado por cinco painéis com rótulos da Brahma, sendo que alguns deles são das primeiras décadas do século passado, quando a marca produzia cervejas com nomes como Babylonia, Carioca, Crystal e Franziskaner-Bräu.
A exposição traz ainda imagens de mulheres, animais, castelos, monges, barcos, piratas, montanhas, neve, personagens e uma série de outros desenhos, com diferentes técnicas de impressão. A tipologia utilizada também é muito peculiar a cada uma das cervejas e países.
Todo este acervo é parte da coleção de Carlos Alberto Silva e Quintella, que possui mais de 60 mil itens colecionáveis de latas, garrafas long neck, rótulos, bolachas de chope, copos, abridores de garrafa, chaveiros, bottons e tudo o que se relaciona ao tema.
O Empório Vila Germânica, aos poucos, passa a fazer parte do dia-a-dia de Blumenau. O prédio levantado no mesmo parque de eventos onde ocorre a Oktoberfest é um mix de compras e lazer que se incorpora como mais nova alternativa de incentivo ao turismo e à economia locais.
http://www.emporiovilagermanica.com.br/

Crise atingirá preço de cervejas


A turbulência financeira chega aos botecos entre novembro e fevereiro do ano que vem. É nesse período que a AmBev, maior fabricante nacional, reajustará o preço das cervejas, que este ano deve ter impacto também da desvalorização do real, que desde 1º de agosto acumula perdas de cerca de 50%.
Dentre todos os reflexos da crise financeira internacional, o que mais afeta as cervejarias é a alta do dólar, mais até que a restrição do crédito. Muitos insumos utilizados na fabricação da bebida são importados e, portanto, cotados na moeda americana.
Mas o mais importante deles, a cevada, matéria-prima do malte, pode continuar com custos estáveis. Segundo o especialista em cevada e matérias-primas para cerveja, Euclydes Minalla, da Embrapa Passo Fundo (RS), a safra de cevada na Europa é a maior dos últimos tempos, o que faz o valor da tonelada cair. "No fim das contas, a alta do dólar empata com a baixa da cevada e o preço continua igual." Mas ele lembra que as empresas têm outros custos em dólar que estão subindo, como o de rótulos.
"Tudo isso gera uma pressão de custos, mas o maior problema das empresas, principalmente para as que se reportam à sede no exterior, é manter a rentabilidade", diz Adalberto Viviani, da consultoria Concept, especializada no mercado de bebidas. As matrizes, segundo ele, querem que as divisões brasileiras entreguem o resultado prometido no início do ano. No entanto, a desvalorização da moeda corrói os valores. "A saída, então, é aumentar preços ou o volume de vendas." Fabio Anderaos de Araújo, analista da Itaú Corretora, concorda. "As cervejarias estão perdendo margem de lucro", afirma. "Além disso, não se sabe como serão as vendas no verão, com a lei seca. Apesar da fiscalização parecer estar arrefecendo, ainda pode ser um risco para as vendas."
No caso da AmBev, que se reporta à InBev na Bélgica, diante dessa situação, a saída é mesmo o aumento de preços, uma vez que a empresa detém mais de 60% do mercado nacional, fatia difícil de aumentar em um mercado estável como o de cervejas atualmente. "Estamos programando um aumento para o verão, entre novembro e fevereiro", diz Michael Findlay, diretor de relações com os investidores da AmBev. Ele nega que isso seja efeito da alta do dólar na empresa. "O impacto da desvalorização do real para nós, no curto prazo, é insignificante", diz ele, comentando a observação feita pela analista de mercado da corretora Morningstar, Ann Gilpin. Segundo ela, AmBev tem dívidas em dólar que somam US$ 2,3 bilhões. "Temos essa dívida mas ela está protegida por operações de hedge a um valor que acertamos no início do ano. Já sei quanto pagar. Não há riscos", diz Findlay. Ele, porém, acrescenta que o aumento previsto para o verão deve ter percentual equivalente à inflação do período na data.
Outra que, segundo os analistas, deve apelar para aumentos é Femsa, que se reporta à sua sede no México. "Ou ela sobe preços ou aumenta sua escala", diz Viviane. A empresa, entretanto, não comentou o assunto.
Em situação melhor estão as cervejarias nacionais, como a Schincariol e a Petrópolis, uma vez que a maioria de sua operação é feita em real. "Todo nosso endividamento é preponderantemente feito em reais, utilizando linhas de crédito de longo prazo via BNDES", disse a empresa em comunicado oficial. Sobre a possibilidade de aumentos de preços ao varejo, a Schincariol informou que ainda está fazendo uma "análise sobre os impactos da alta do dólar" em suas atividades. Mas, segundo a companhia, "apesar da alta da moeda, os preços dos insumos estão com tendência de baixa."
Entretanto, uma surpresa fiscal pode impactar as cervejarias também. Segundo a SLW Corretora, a mudança na forma de cobrança do PIS e da Cofins para empresas de bebidas é uma incógnita. "Não se sabe se a coisa vai ser boa ou ruim. E a definição sobre isso deve acontecer só no fim do ano ou no início de 2009", diz um analista.
Nota do editor: Resta saber se esta crise atingirá também os produtores artesanais que utilizam uma quantidade de malte importado maior por litro do que os industriais em suas cervejas.
Fonte: O Valor

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Extra-Malte com Tcherveja - Clube Gaúcho Cervejeiro



Com patrocínio de Nacional Supermercados e em parceria com a Cerveja Coruja, o burgomestre Sady Homrich recebe os integrantes do Tcherveja, o clube gaúcho cervejeiro de colecionismo e degustação. Eu estarei presente como organizador do Tcherveja Degusta e também o presidente do clube Guilherme Lopes. Serão degustadas as cervejas Eisenbahn Oktoberfest, Baden Baden Tripel e Dado Bier União Cooks. Os acepipes ficam a cargo da Confraria União Cooks chefiada no evento pelo nosso confrade Patrick Stephanou. Com Sady Homrich e Tcherveja.


Local: StudioClio
Telefone: 32547200
Data 13 de outubro, segunda-feira
Horário 20h

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Degustação das Cervejas Heilige

A convite do sócio da Cervejaria Peter Von Brutschen, Rodrigo Yung, estive no Country Club de Santa Cruz-RS para degustar as cervejas Heilige. No dia da degustação tinhamos a disposição os estilos Pilsen, Weiss e Porter a Red Ale ainda estava em fase final de produção.
A Heilige Pilsen apresentou as verdadeiras características das Pilsen's originais da República Tcheca, aroma lupulado e amargor intenso, coloração dourada clara e bastante cristalina para uma cerveja artesanal.


A Weiss segue o estilo bávaro com uma coloração um pouco mais clara mas com ótimo sabor e formação de espuma, muito refrescante notas de cravo e banana acentuados no aroma e sabor, ótima cerveja e até onde eu sei única no mercado artesanal gaúcho.
A última a degustarmos foi a Heilige Porter, uma Brown Porter, ainda em estágio de introdução no mercado ela não está na linha de comercialização, apenas é fornecida para alguns poucos sortudos que tem contato direto com a fábrica. Produzida com maltes selecionados torrados, aroma de chocolate, caramelo e toffe adocicado, espuma de média duração, coloração marrom acobreada exposta a luz apresenta highlights de coloração ruby, sabor intenso e forte como uma boa Porter deve ser, ótima cerveja minha preferida das três. A nova fábrica da cervejaria ficará instalada próxima ao Country Club de Santa Cruz, terá capacidade de produção de 15 mil litros mês com área de expansão planejada. Anexo a fábrica estará um Pub para degustação e uma loja de souvenirs, a distribuição por hora é somente em Santa Cruz e arredores, esperamos que em breve chegue a Porto Alegre. Parabéns e vida longa a jovem mas já desejada cerveja Heilige.

Tipos e apresentações dos maltes

Os maltes podem ser apresentados em grãos ou extrato, que é uma espécie de mosto super concentrado. Os extratos apresentam-se em formas líquida e seca, sendo que para a líquida também são medidos em unidades de peso (por exemplo, quilogramas) e não de volume. Você pode encontra extratos puros, de um tipo específico de grão ou compostos por vários tipos, já prontos para elaborar uma cerveja de um estilo.
Maltes base:
1. Pilsen (Pilsner, Pilsener ou Pils): o malte pilsen é um malte base claro que deve seu nome à cerveja homônima. Isto ocorre porque geralmente se emprega este tipo de malte para produzir o estilo de cerveja mais popular no mundo. Algumas maltarias também usam a denominação para identificar um malte menos modificado. Sua cor varia de 1 a 2ºL. Quando usado isoladamente produz cervejas claras.
2. Pale ale: um malte que foi seco por cerca de 48 horas em temperaturas gradativamente ascendentes e ligeiramente mais altas que o malte pilsen, conferindo um sabor tostado muito sutil, que se adequa muito a cervejas do estilo homônimo. Sua cor pode variar entre 2 a 4ºL.
3. Suave (mild): produzido de maneira similar ao malte pale ale, mas seco a temperaturas ligeiramente superiores e por um período superior. Oferece um aroma e gosto intensos de malte, adequado para cervejas inglesas brown e mild ales. Cor entre 2 a 3 ºL.
Maltes especiais:
1. Ácido (acid ou sauer): Malte usado principalmente em cervejarias alemãs e que contém altas quantidades de ácido láctico. Serve para em pequenas quantidades corrigir o pH do mosto, sem necessidade de uso de química ou lactobacilos. Cor entre 2-4ºL.
2. Âmbar (amber): um malte bem aquecido e pouco torrado é usado para dar um sabor de pão ou biscoito à cerveja. É usado até a quantidade de 10% do mosto e oferece uma coloração âmbar profundo à bebida. Dependendo dos fornecedores pode ser conhecido como malte Victory ou Biscuit. Sua cor varia entre 15 a 25ºL.
3. Aromático (aromatic): similar à melanoidina.
4. Escuro (black): Um malte chocolate retirado quase ao ponto de queimar e que adiciona um gosto amargo à cerveja, devendo ser usado em pequenas quantidades. Cor entre 475 a 550ºL.
5. Marrom (brown): um malte que confere um caráter seco e torrado que fica entre o âmbar e o chocolate, mas não é doce. Usado em alguns estilos como old ale, porter e stout em pequenas porções de 5 a 10% do total. Sua cor está entre 50 a 70ºL.
6. Brumalt (honey): malte com um sabor característico de mel. Cor: 15 a 30ºL.
7. Caramelo ou cristal (caramel ou crystal): Possui subtipos como CaraPils, CaraVienna, CaraMunich, Dark Crystal, German Crystal. É aquecido rapidamente em estufa o que seca a casca e deixa um núcleo cristalizado, caramelizado e duro. Adicionam corpo e doce à cerveja. A cor varia com o subtipo, entre 10 a 120ºL.
8. Chocolate: Aquecido rapidamente a 200ºC e bruscamente resfriado para se obter a cor desejada. Usualmente encontradas em porters. Seu nome não está relacionado com os sabores de nozes que oferece e sim à sua coloração intensa marrom, entre 350 a 450ºL.
9. Dextrina: É um malte cristal ou caramelo muito claro, também chamado CaraPils pela Maltaria Weyermann. É usado em cervejas claras para contribuir com o corpo e a estabilidade da espuma da cerveja. Não contém enzimas. Cor entre 1-2ºL.
10. Viena: Pode ser usado em proporções de 10 a 40%, dependendo do estilo. Tem enzimas suficientes para se auto-converter, embora via-de-regra sejam usados em associação com um malte base. Um pouco mais claro e doce que o Munique, é ideal para cervejas com coloração dourada a âmbar. Sua cor: 3 a 10ºL.
11. Munique: este malte especial impacta um intenso caráter de malte à cerveja. Possui uma coloração âmbar, entre 5 a 10ºL e também tem enzimas suficientes para converter-se. Entra na composição de determinadas cervejas entre 10 a 60%, sendo usados geralmente em associação com um malte base.
12. Melanoidina: também chamado Munique escuro ou aromático. Sua cor varia de 20 a 25ºL. Tem baixo poder diastático, mas oferece mais intensos sabor e aroma de malte, em comparação com o munique.
13. Special B: um malte especial belga da Dingermanns (Cargill), que traz um balanço único de aquecido e torrado e confere um sabor de caramelo escuro e passas. Usa-se em pequenas quantidades em alguns estilos como Brown ales, porters e doppelbocks. Maiores quantidades em estilos de cervejas belgas de abadia ressaltam um caráter de passas a estas bebidas. Cor: 150ºL. 14. Turfa (peat): ele é similar ao defumado mas foi defumado em turfa. Embora contenha enzimas é usualmente associado a um malte base na fabricação de scottish ales.
15. Defumado (rauch): um malte relativamente claro e que foi defumado em fogo de lenha. Confere um sabor defumado principalmente a cervejas alemãs chamadas rauchbiers. Esta característica pode variar dependendo de quanto tempo faz que ele foi manufaturado.
16. Centeio (rye ou roeggen): Pode ser usado em quantidades entre 5 a 10% do total na mostura. Sua cor varia de 2 a 5ºL.
17. Trigo: o trigo é usado tradicionalmente como a cevada para a produção de cerveja e tem um poder diastático semelhante. Geralmente compõe de 5 a 70% do total no mosto, o que depende do estilo. Tem menos taninos que a cevada pois não tem casca. Contribui com mais proteínas ao mosto e melhora a retenção da espuma. Requer atenção na etapa de separação do bagaço, podendo provocar problemas se não se conduzir um repouso protéico preventivo. A cor está entre 0 e 3ºL.
18. Aveia: pode ser usada em sua forma malteada, acrescentando cremosidade e oleosidade. Em função do alto teor de gordura e óleo devem ser usados em pequenas quantidades.
Coluna do cervejeiro da ACERVA Gaúcha Eduardo Boger no cervejasnet

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Novo site do Brejas no ar



Recebi ontem dos amigos do Brejas o convite para o lançamento do seu novo site. O novo site passa a contar com um novo ranking interativo e participativo semelhante aos que já existem na Europa e America do Norte mas inédito no Brasil. O Brejas é o maior e melhor site de classificação cervejeira do Brasil.
Cadastre-se no site e participe das avaliações de centenas de cervejas.


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Chope Bock da Schornstein recebe duas indicações da Revista Menu


Especialistas em cerveja esperam ansiosos a Oktoberfest para degustar receitas não muito conhecidas em outros Estados do Brasil. E uma prévia das artesanais catarinenses que participarão da maior festa do chope em território nacional foi apresentada pela Revista Menu ao cervejólogo Paulo Feijão que também é autor do blog oBiercevando; à beer sommelier Cilene Saorin e ao consultor cervejeiro Sady Homrich. Acostumados com os diversos sabores e qualidade da produção cervejeira, eles citaram o chope Bock Schornstein por duas vezes devido aos impactantes sabor, coloração e receita.
Paulo Feijão fez elogios ao produto feito em Pomerode. “De cor escura e tons avermelhados, traz aroma de torrefação e leve adocicado. Na boca, tem notas levemente torradas e chocolate. Final com leve e agradável adocicado proveniente do malte. Seus poderosos 7% de teor alcoólico se perdem em um emaranhado de sabores. É ideal para aquecer a noite”, afirmou.
Já Sady comentou que a Schornstein capricha na seleção e na quantidade de maltes, o que gera uma cerveja lager encorpada, com sabor pronunciado do grão. E recomenda: “Tome cuidado com os 7% de teor alcoólico: não vá dar vexame em plena Oktoberfest”.
Dos chopes artesanais catarinenses que participam da Oktoberfest, o Bock, da Schornstein, é o único citado duas vezes. Este produto e outros da artesanal de Pomerode poderão se conferidos na Oktoberfest, de 9 a 26 de outubro. A expectativa é comercializar cerca de 15 mil litros de chope.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

1º Encontro Aberto da ACERVA Gaúcha

Acontece dia 18 de outubro o 1º Encontro Aberto da ACERVA Gaúcha. A ACERVA Gaúcha tem como objetivo divulgar a cultura cervejeira e a arte de se fazer cerveja em casa, sem fins lucrativos. Os encontros são realizados para que os membros possam trocar experiências e discutir principalmente métodos, insumos e novidades sobre homebrew no Brasil e no mundo.
Este será o 1º encontro aberto ao público em geral, esperamos que seja o 1º de muitos. Parabéns a todos os membros da ACERVA Gaúcha pela iniciativa.
CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR O CONVITE