Se você é um apreciador da boa cerveja então o seu destino é Pilsen, a 88 quilômetros a sudoeste de Praga. A capital da Boêmia tcheca, quase na fronteira com a Alemanha, guarda o título de casa da ‘melhor cerveja do mundo’, a Pilsner Urquell (em português Pilsen Original). Pílsen é a quarta maior cidade da República Tcheca, conta com quase 170 mil habitantes e é considerado um dos mais importantes centros econômico, cultural, de transporte e industrial do país.
Foi em Pílsen, cidade de origem medieval (1295), que exatamente no dia 05 de outubro de 1842, o cervejeiro Josef Groll criou uma cerveja cuja cor refletia ‘todos os tons de dourado’, bem diferente das outras que existiam, de sabores mais forte e escuras. A Pilsner Urquell possui 4.25% de teor alcoólico. As demais cervejas tchecas variam entre 4 e 5.5%, enquanto as brasileiras não passam dos 5%.
A fama da nova cerveja se espalhou logo, quando três anos mais tarde Martin Salzmann levou a Pílsner para Praga, onde abriu um pub, o U Salzmannu, que funciona até hoje. Como os tchecos dizem, todos tentaram copiar, mas ninguém produz cerveja melhor. Especialistas de todo o mundo visitam a fábrica da Pilsner Urquell em busca do segredo desta cerveja de baixa fermentação, exportada para cerca de 60 países. O resultado, atestam os degustadores, está na água, no clima e na qualidade das caves, onde ela descansa em barris especiais a uma temperatura média de 5ºC.
Visitas individuais e guiadas, com direito à degustação de uma cerveja ainda ‘crua’, mas já bastante saborosa, podem ser feitas diariamente entre 12h30 e 14h30. Já os grupos têm até as 22h para conhecer a fábrica, mas é preciso marcar hora com antecedência (tel: +420 377 062 888). Os guias falam tcheco, alemão, inglês, russo, francês, italiano e polaco. Já na entrada, um filme de 10 minutos conta a história da cervejaria e o seu crescimento ao longo dos anos e a passagem pelas duas grandes guerras mundiais. Mas, lembre-se, é sempre bom levar uma blusa mais quentinha pra o resto do passeio. Nas caves, a temperatura varia entre 0ºC e 4ºC.
Uma visita ao Brewery Museum também é aconselhada. O museu recebe cerca de 50 mil pessoas por ano e guarda mais de 15 mil itens que contam a história da cerveja. É considerado o mais completo do mundo no assunto.
Além do ‘melhor tour de cervejaria’, título cedido pela Unesco no ano passado para a fábrica da Pilsner Urquell, Pílsen ainda oferece outras atrações. A cidade abriga a terceira maior sinagoga do mundo, construída em estilo romano em 1892. O Memorial às Vítimas do Mal homenageia os mortos durante a Segunda Guerra Mundial e os que sofreram as atrocidades do Holocausto promovido pelos nazistas. Outro monumento lembra a liberação de Pílsen pelo exército americano quando a região estava ocupada pelas tropas alemãs em 1944.
Pelo subterrâneo, outro passeio interessante, o Underground. Quase oito mil quilômetros de túneis que ficam a 12 metros de profundidade ligam as inúmeras caves usadas desde o século 13 pelos moradores de Pilsen para guardar e conservar seus mantimentos e a indispensável cerveja. Nos 800 metros abertos à visitação estão expostos barris, utensílios domésticos, maquinários usados para bombear a água de lençóis subterrâneos e objetos da época. As caves serviram ainda de abrigo durante os bombardeios da Segunda Guerra Mundial. O estilo gótico caracteriza alguns dos túneis mais recentes. Para os que sofrem de claustrofobia é melhor evitar este atrativo.
Foi em Pílsen, cidade de origem medieval (1295), que exatamente no dia 05 de outubro de 1842, o cervejeiro Josef Groll criou uma cerveja cuja cor refletia ‘todos os tons de dourado’, bem diferente das outras que existiam, de sabores mais forte e escuras. A Pilsner Urquell possui 4.25% de teor alcoólico. As demais cervejas tchecas variam entre 4 e 5.5%, enquanto as brasileiras não passam dos 5%.
A fama da nova cerveja se espalhou logo, quando três anos mais tarde Martin Salzmann levou a Pílsner para Praga, onde abriu um pub, o U Salzmannu, que funciona até hoje. Como os tchecos dizem, todos tentaram copiar, mas ninguém produz cerveja melhor. Especialistas de todo o mundo visitam a fábrica da Pilsner Urquell em busca do segredo desta cerveja de baixa fermentação, exportada para cerca de 60 países. O resultado, atestam os degustadores, está na água, no clima e na qualidade das caves, onde ela descansa em barris especiais a uma temperatura média de 5ºC.
Visitas individuais e guiadas, com direito à degustação de uma cerveja ainda ‘crua’, mas já bastante saborosa, podem ser feitas diariamente entre 12h30 e 14h30. Já os grupos têm até as 22h para conhecer a fábrica, mas é preciso marcar hora com antecedência (tel: +420 377 062 888). Os guias falam tcheco, alemão, inglês, russo, francês, italiano e polaco. Já na entrada, um filme de 10 minutos conta a história da cervejaria e o seu crescimento ao longo dos anos e a passagem pelas duas grandes guerras mundiais. Mas, lembre-se, é sempre bom levar uma blusa mais quentinha pra o resto do passeio. Nas caves, a temperatura varia entre 0ºC e 4ºC.
Uma visita ao Brewery Museum também é aconselhada. O museu recebe cerca de 50 mil pessoas por ano e guarda mais de 15 mil itens que contam a história da cerveja. É considerado o mais completo do mundo no assunto.
Além do ‘melhor tour de cervejaria’, título cedido pela Unesco no ano passado para a fábrica da Pilsner Urquell, Pílsen ainda oferece outras atrações. A cidade abriga a terceira maior sinagoga do mundo, construída em estilo romano em 1892. O Memorial às Vítimas do Mal homenageia os mortos durante a Segunda Guerra Mundial e os que sofreram as atrocidades do Holocausto promovido pelos nazistas. Outro monumento lembra a liberação de Pílsen pelo exército americano quando a região estava ocupada pelas tropas alemãs em 1944.
Pelo subterrâneo, outro passeio interessante, o Underground. Quase oito mil quilômetros de túneis que ficam a 12 metros de profundidade ligam as inúmeras caves usadas desde o século 13 pelos moradores de Pilsen para guardar e conservar seus mantimentos e a indispensável cerveja. Nos 800 metros abertos à visitação estão expostos barris, utensílios domésticos, maquinários usados para bombear a água de lençóis subterrâneos e objetos da época. As caves serviram ainda de abrigo durante os bombardeios da Segunda Guerra Mundial. O estilo gótico caracteriza alguns dos túneis mais recentes. Para os que sofrem de claustrofobia é melhor evitar este atrativo.
Post enviado pelo cervejeiro Leandro Silveira de Paula
2 comentários:
Caro Pedro,
A Pilsner Urquel é uma bela cerveja, no entanto vale mencionar sua concorrente na Republica Tcheca, a Budweiser Budvar, cuja história é riquíssima e interessante. Tudo começou em 1265 na cidade de Budweis(origem do nome), hoje České Budějovice, com um rei tcheco cervejeiro. No início do século a cervejaria americana Anheuser-Burch copiou a receita da cerveja tcheca e uma grande disputa judicial persiste até hoje. A maioria conhece a Bud americana, disseminada pelos quatro cantos do mundo, mas o sabor e a tradição da verdadeira Bud valem a pena serem conhecidos.
http://www.budvar.cz/en/web/Znacka-Budvar/Znamka-Budvar.html
Abraço,
Alan Dal Pra
É verdade Alan. A Budweiser (para mim só exite esta pq a americana é horrível) é uma ótima cerveja também , acho até que prefiro ela a Pilsner Urquell , tomei ambas em Praga pela 1º vez. Em breve liberarei um post sobre as cervejas Tchecas.
Abraço.
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