Depois da paulista Baden Baden e da carioca Devassa, adquiridas pela Schincariol no ano passado, os radares automaticamente voltaram-se para Blumenau, cidade onde nasceu a brasileira Eisenbahn. Considerada o próximo alvo, pelo menos até agora, a cervejaria não teve o mesmo destino das concorrentes, apesar dos recorrentes rumores sobre uma possível negociação.
A indispensável injeção de capital veio com a venda de 50% do negócio, em agosto, para investidores de fora do setor: a família conterrânea que comanda a têxtil Malwee. Seis meses depois, a empresa começa a ampliar a distribuição e a produção e prepara-se para abrir lojas próprias e franquias - modelo que ajudou a tornar a Devassa mais atraente para a Schincariol.
Não soa como uma preparação para valorizar o negócio e atrair uma empresa do próprio setor? "A princípio, não queremos vender, já fizemos isso no ano passado" afirma Juliano Mendes, diretor de marketing, que, ao lado do irmão, idealizou o negócio depois de beber muita cerveja na Samuel Adams, microcervejaria de Boston, na época em que moraram nos Estados Unidos. A família Mendes, dois filhos e o pai, continuam à frente do negócio. Os novos sócios nomearam um executivo do mercado financeiro, ex-Citibank, Eduardo Leonardis, para cuidar da área comercial.
Para especialistas do setor, a Eisenbahn seria um dos ativos interessantes que ainda restam na prateleira - mas alertam que a fase de euforia da aquisição das pequenas pode já ter passado. "Acabou a fase de boas oportunidades", diz uma fonte. A catarinense teria a seu favor uma marca premium que já começa a ser reconhecida no Sul e Sudeste do país - empurrão dado pela vitrine das principais cadeias varejistas do país como Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart. "As cervejarias pequenas que optaram em disputar preço com as grandes têm muitos problemas", diz Adalberto Viviani, da consultoria Concept. "A Eisenbahn se saiu bem ao se preocupar em construir uma marca premium."
O mercado de cervejas premium é justamente a maior aposta das grandes cervejarias. Donas de um volume estrondoso, colocam as suas fichas nesse tipo de produto para aumentar a rentabilidade. A Schincariol incrementou seu portfólio com a compra da Baden Baden, Nobel e Devassa. A Femsa tem lançado novas embalagens da Heineken e a AmBev investe em marcas como Bohemia e Original e nas importadas.
A produção média da cervejaria catarinense está na casa de 150 mil litros por mês ou 1,8 milhão por ano. Com isso, ultrapassa por pouco o limite de uma microcervejaria que, segundo a Brewers Association, está em 1,76 milhão de litros por ano. No ano passado, o faturamento foi de R$ 11 milhões e, segundo Mendes, a expectativa é chegar a R$ 18 milhões este ano.
Com a entrada dos sócios, a empresa dispensou os distribuidores terceirizados e montou estrutura própria em São Paulo. Pretende elevar em 50% o número de pontos-de-venda para mais de 1,3 mil. A maior tacada será a montagem de dois bares próprios e abrir franquias. "As grandes cervejarias compram exclusividade no ponto-de-venda e no meu bar estarei blindado contra isso", afirma Juliano.
A indispensável injeção de capital veio com a venda de 50% do negócio, em agosto, para investidores de fora do setor: a família conterrânea que comanda a têxtil Malwee. Seis meses depois, a empresa começa a ampliar a distribuição e a produção e prepara-se para abrir lojas próprias e franquias - modelo que ajudou a tornar a Devassa mais atraente para a Schincariol.
Não soa como uma preparação para valorizar o negócio e atrair uma empresa do próprio setor? "A princípio, não queremos vender, já fizemos isso no ano passado" afirma Juliano Mendes, diretor de marketing, que, ao lado do irmão, idealizou o negócio depois de beber muita cerveja na Samuel Adams, microcervejaria de Boston, na época em que moraram nos Estados Unidos. A família Mendes, dois filhos e o pai, continuam à frente do negócio. Os novos sócios nomearam um executivo do mercado financeiro, ex-Citibank, Eduardo Leonardis, para cuidar da área comercial.
Para especialistas do setor, a Eisenbahn seria um dos ativos interessantes que ainda restam na prateleira - mas alertam que a fase de euforia da aquisição das pequenas pode já ter passado. "Acabou a fase de boas oportunidades", diz uma fonte. A catarinense teria a seu favor uma marca premium que já começa a ser reconhecida no Sul e Sudeste do país - empurrão dado pela vitrine das principais cadeias varejistas do país como Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart. "As cervejarias pequenas que optaram em disputar preço com as grandes têm muitos problemas", diz Adalberto Viviani, da consultoria Concept. "A Eisenbahn se saiu bem ao se preocupar em construir uma marca premium."
O mercado de cervejas premium é justamente a maior aposta das grandes cervejarias. Donas de um volume estrondoso, colocam as suas fichas nesse tipo de produto para aumentar a rentabilidade. A Schincariol incrementou seu portfólio com a compra da Baden Baden, Nobel e Devassa. A Femsa tem lançado novas embalagens da Heineken e a AmBev investe em marcas como Bohemia e Original e nas importadas.
A produção média da cervejaria catarinense está na casa de 150 mil litros por mês ou 1,8 milhão por ano. Com isso, ultrapassa por pouco o limite de uma microcervejaria que, segundo a Brewers Association, está em 1,76 milhão de litros por ano. No ano passado, o faturamento foi de R$ 11 milhões e, segundo Mendes, a expectativa é chegar a R$ 18 milhões este ano.
Com a entrada dos sócios, a empresa dispensou os distribuidores terceirizados e montou estrutura própria em São Paulo. Pretende elevar em 50% o número de pontos-de-venda para mais de 1,3 mil. A maior tacada será a montagem de dois bares próprios e abrir franquias. "As grandes cervejarias compram exclusividade no ponto-de-venda e no meu bar estarei blindado contra isso", afirma Juliano.
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