sexta-feira, 28 de março de 2008

El Bolson , o lúpulo do hemisfério sul


Em 1900 o alemão Otto Tipp desembarcou em El Bolson (Patagônia Argentina) , trazendo consigo a receita para elaborar cerveja artesanal. Otto Tipp fabricava a cerveja em sua casa e toda a comunidade celebrava o acontecimento, por volta de 1914 Otto abriu em El Bolson sua pequena fábrica de cerveja , segundo contam os antigos moradores do povoado , Otto Tipp içava uma bandeira branca sobre sua casa , anunciando que a bebida estava pronta para ser consumida. Assim é como começa a história da cerveja artesanal de El Bolson.
Otto Tipp organizava festas em sua casa , onde as vezes passavam o dia bebendo e conversando , o alemão entonava canções em seu idioma natal e tocava órgão. Naquela época se colhia o lúpulo dos alambrados e nas praças, estes antigos moradores de El Bolson , que recolhiam as flores , jamais imaginaram que seu povo se converteria no principal produtor de lúpulo da Argentina , constituindo-se como a Capital Nacional Do Lúpulo.
Originalmente o cultivo do lúpulo se limitava ao ornamental , se aplicava em receitas culinárias extrangeiras e era utilizado por aqueles que produziam sua cerveja artesanal.
Isto ocorreu até o ano de 1958. na década de 80 foram importadas dos Estados Unidos , numerosas variedades de lúpulo sendo que o que se melhor adaptou ao clima de El Bolson o "Cascade" (aromático). Inlcusive se mostrou de melhor qualidade e rendimento do que seu ambiente de origem.
O "Cascade" melhorou suas condições organolépticas , tornando seu aroma mais suave, fino e um elevado teor de ácido alfa até os limites mais altos para um lúpulo aromático (7.5% alfa). Em geral , os mestres cervejeiros para conseguir um sabor correto para suas diferentes cervejas , utilizam lúpulo de grande poder de amargor (americanos) e para o buquê final os aromáticos que nunca excedem o teor de 3.5% de alfa (europeu). No Cascade que se produz em El Bolson os cervejeiros podem encontrar estas duas propriedades em uma mesma variedade.
No ano de 1986 nasceu a 1° microcervejaria de El Bolson, hoje são mais de 10 microcervejarias em El Bolson.
No território existe todas as condições para a produção de uma ótima cerveja , a água patagônica , o lúpulo , o clima e o solo para o cultivo da cevada , a qual se produz em pequenas quantidades mas que se espera que aumente com o tempo.
Todo ano se realiaza em El Bolson o Festival Nacional do Lúpulo , a 2 anos foi inaugurado a Câmara de Cervejeiros Artesanais da patagônia Andina constituída pelas cervejarias artesanais: Araucana , Cavall de Foc , Pilker , Rupestre e Vikinga. A câmara projeta criar também a Festa da Cerveja Artesanal e o 1° Congresso Cervejeiro no Lago Escondido.
A produção é feita na comarca andina do paralelo 42. São produzidas cervejas do tipo Pilsen , Porter , Ale , com essências e frutadas (estilo Lambic) com framboesa , grosselha e cassis.

Mais informações acesse o site: http://www.elbolson.com/

terça-feira, 25 de março de 2008

3 das cervejas mais caras do mundo


Ielle Bon Secours
Esta é a cerveja mais cara do mundo, custa aproximadamente US$ 1.000,00 a garrafa, o que vai dar um custo de aproximadamente US$ 300 a tulipa. Ela só pode se encontrada em um bar chamado Bierdrome, em Londres.


Samuel Adam's'Utopias
Esta cerveja é feita pela Boston Beer Company utilizando o nome de um dos pais do Estado Norte Americano, Samuel Adams. Ela está em segundo lugar na lista das cervejas mais caras do mundo ao custo de US$ 100 por garrafa de 700ml, ou, US$ 50 a tulipa. Ela é vendida em embalagens de cobre que lembram os fermentadores que são utilizados há centenas de anos por cervejeiros.
Seu índice alcoólico é de 25%, tornando-a a cerveja mais forte do mundo (listada no Livro Guinness de Recordes). O processo de fazer esta cerveja pode levar até 12 anos, dando a ela ricos sabores. Diz-se que a produção é limitada à 8.000 garrafas por ano.


Tutankhamen Brew
A receita com que esta cerveja é feita é baseada em um método descoberto por um time de arqueologistas/egiptologistas da Universidade de Cambridge no Templo do Sol, da Rainha Nefertiti, no Egito. Acredita-se que a fermentadora encontrada em uma das quinas do templo foi feita pelo Rei Akhenaton, pai do Rei Tutancâmon. Era neste local também que o Rei e a Rainha faziam seus rituais de adoração.bOs arqueologistas procuraram auxílio de cervejeiros escoceses, e a cerveja é feita no laboratório da Universidade de Cambridge, ao custo de US$ 52 por garrafa. A produção é limitada e numerada.
Post enviado pelo tchervejeiro Paulo Winkelmann

Caju confitado e sorvete de chocolate harmonizado com Belle-Vue

Ingredientes para o confit de caju:
6 cajus
2l de água
2k de açúcar
½ fava de baunilha
casca de ½ laranja
tomilho


Preparo:
Cozinhe todos os ingredientes em fogo brando até levantar fervura. Coloque os cajus de pé em outra panela e adicione a calda cozinhe até que os cajus estejam macios.
Deixe na geladeira por no mínimo 30 minutos , após retire um dos cajus faça 4 cortes sem cortar o topo, ponha em um prato raso , abra um leque entre as partes com os dedos e adicione uma bola de sorvete de chocolate ao seu lado. Decore com um bastão de canela.
Abra sua Belle-Vue e saúde !!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Proibição de cerveja nos estádios de futebol do RS

Esta lei absurda que querem implementar mostra mais uma vez a total falta de capacidade dos nossos políticos. Ao invés de atacar o problema pela raiz mais uma vez querem tapar buracos , como acontece em todas as áreas , como o sistema de cotas que ao invés de propiciar uma educação pública descente para as pessoas mais humildes, aprovam os mesmos sem a capacidade devida.
O problema das brigas e assassinatos cometidos em estádios não está na cerveja (ou outra bebida) , está na falta de educação , na falta de policiamento , na falta de leis severas e na falta de dignidade que o povo não tem. Podem barrar a venda de bebidas mas e as drogas que são consumidas a vontade dentro dos estádios como crack e cocaína? Como será feito este controle , pois são drogas muito mais perigosas do que a cerveja , e como será feito o controle daqueles que fazem um churrasco 3 horas antes do jogo e tomam todas em casa? Ou os que vão ficar no limite da área proíbida bebendo? Não existirá controle nenhum sobre estas pessoas por tanto esta lei é ineficaz e afronta os direitos do cidadão de bem brasileiro que quer tomar sua cervejinha vendo o seu time do coração.
Na Alemanha se vende cerveja em todos os estádios e não se vê nada de violência e em outros países também.
Chega a ser ridícula esta lei caso entre em vigor e conclamo a todos os apreciadores de cerveja fazer boicote aos estádios de futebol não indo a mais nenhum jogo até que a lei seja tirada de circulação. Político tem é que parar de roubar e se preocupar com educação , saúde , dignidade que é o que o povo precisa para saber se comportar, o exemplo vem de cima se nossos comandantes são ladrões , assassinos , semi-analfabetos , cafetões e estão ai se divertindo com dinheiro dos outros porque o povo não pode?

Chopp Bohemia Swiss , alguém bebeu?



A Bohemia lançou o Chopp Bohemia Swiss, com notas de chocolate em julho de 2007 em edição limitada e só esteve em pontos-de-venda de São Paulo e Campos do Jordão.


Eu só fiquei sabendo agora deste lançamento alguém mais aqui do sul sabia?


O chope, do tipo lager escuro, desenvolvido pela AmBev ao longo de um ano, inaugura, segundo a própria empresa, uma categoria inédita de bebida no Brasil. Os consumidores provaram a novidade durante um mês ou enquanto os estoques duraram somente em dois bares de São Paulo (Astor e Posto 6), e na Cantina Treviso, em Campos do Jordão.
O Bohemia Swiss é fruto da inspiração do mestre-cervejeiro Wilson Fornazier nos chocolates nobres belgas e suíços.
“Uma das características marcantes da bebida é o seu aroma de chocolate meio amargo. Há um toque ideal de amargor suave e discreto, em que predomina a doçura do chocolate. O teor alcoólico (4%), um pouco mais baixo do que as cervejas tipo pilsen tradicionais, dá o equilíbrio no sabor final do produto”, explica Fornazier.
A Bohemia também desenvolveu uma taça exclusiva. Trata-se de um cálice de 380 ml com borda um pouco mais fechada e pequena curvatura na parte de baixo. Esse formato permite destacar as notas de chocolate. O lançamento faz parte da estratégia da AmBev em liderar o desenvolvimento do segmento premium no Brasil.
No relançamento de Bohemia, em 2001, as cervejas premium representavam 2.5% do mercado total. Em maio deste ano, esse número mais que dobrou e chegou a 6,7% (dados Nielsen; maio 2007).
Isso é prova de que as microcervejarias cada vez mais estão "incomodando" o mercado Premium Industrial.

Märzfest 2008


Acontece dia 29 de Março de 2008 a Märzfest , festa da cerveja artesanal e caseira. Patrocinada pela Cervejaria Coruja não existe nada igual no estado , uma grande iniciativa como o Extra-Malte , para o crescimento da cultura cervejeira do estado. Parabéns Coruja Cerveja Viva.

Clique na imagem acima para ver detalhes.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Erdinger: A Weissbier mais vendida no mundo




A marca começou sua expansão para o mercado externo na metade dos anos 80, numa estratégia para manter e consolidar a conquistada liderança entre as cervejas de trigo (as Weissbier, em alemão). Era, para a empresa, uma maneira de ganhar mercado e fortalecer sua imagem.
Hoje, cerca de 10% da produção anual de 1,45 milhões de hectolitros vai para o exterior, principalmente para a Áustria, a Suíça e a Itália. A marca é encontrada em mais de 70 países, entre eles o Brasil, onde chegou em 2000.
Mas nunca por meio de licenças de produção. Toda garrafa de Erdinger consumida no mundo, não importa se na China ou na Austrália, é produzida na Alemanha, ou melhor, na Baviera. A empresa se orgulha disso e faz questão de destacar sua origem no slogan In Bayern daheim, in der Welt zu Hause (numa tradução aproximada: "A Baviera como lar. No mundo, em casa").
A Baviera é a região onde mais são produzidas cervejas de trigo. O consumo também é elevado: chega a 30% do mercado local. As Weissbier são cervejas leves, de alta fermentação, produzidas com malte de trigo e de cevada. Outra diferença fundamental está na filtragem. O fermento permanece na garrafa, o que dá ao líquido uma aparência turva.
A Erdinger também faz uso do conhecido orgulho "nacional" dos habitantes da região dos Alpes e se apresenta como genuinamente bávara – uma espetada nas concorrentes Franziskaner (comprada pela belga Inbev) e Paulaner (aliada da holandesa Heineken). "Um verdadeiro bávaro não se vende", dizia um comercial recente da marca, feito exatamente para desmentir supostas negociações com grandes conglomerados mundiais.
O presidente e dono da Erdinger, Werner Brombach, nega sistematicamente especulações veiculadas na imprensa alemã de que a empresa seria vendida. A última dizia que a Warsteiner teria interesse na cervejaria de Erding. O mercado alemão do precioso líquido está cada vez mais concentrado, e restam poucas pequenas cervejarias que não tenham sido engolidas pelas grandes.
As estratégias da Erdinger deram resultado. A revista especializada no mercado de bebidas Inside listou em julho as doze marcas mais consumidas do mercado alemão: lá estava a Erdinger, em nono lugar, a melhor posição de uma Weissbier. A liderança é da Krombacher, seguida da Bitburger e da Warsteiner. No mundo, a Erdinger é a marca de cerveja de trigo mais vendida.
A história da empresa remonta ao ano de 1886, quando a primeira cervejaria para fabricação de Weissbier foi criada na pequena cidade de Erding, perto de Munique. Em 1935, o negócio foi comprado pelo então diretor da empresa, Franz Brombach. Em 1949, ele deu à cervejaria o nome de Erdinger Weissbräu.
Em 1975, com a morte de Franz, o negócio foi assumido pelo filho, Werner Brombach, que, além de ser formado em comércio, é mestre-cervejeiro. É ele o grande responsável pela ascensão da empresa. Foi dele a idéia de associar a marca à Bavária e, ao mesmo tempo, tornar as cervejas de trigo populares nos outros estados alemães.
A estratégia de sucesso fez com que a produção anual passasse dos 82 mil hectolitros para 225 mil hectolitros entre 1970 e 1977. Em 1990, a cervejaria ultrapassaria a marca de 1 milhão de hectolitros produzidos por ano. Outra idéia de sucesso de Werner foi o fã-clube da Erdinger, criado em 1995. Em dez anos, a marca conseguiu reunir cerca de 60 mil apaixonados pelo seu sabor, espalhados por mais de 45 países.

terça-feira, 18 de março de 2008

A Lenda Irlandesa



A história de GUINNESS teve início em 1759, no coração da cidade de Dublin, na Irlanda, mais precisamente em St. James Gate, quando Arthur Guinness alugou uma fábrica e começou a produzir sua própria cerveja. Em 1794, a bebida já era consumida em Londres. Em 1862, quando adotou a harpa irlandesa como símbolo, GUINNESS já fazia parte da história do Reino Unido.
Com quase 250 anos de história, a cerveja GUINNESS é produzida com a mesma composição original que a consagrou: malte irlandês, água de Dublin, lúpulo e levedura. O malte é torrado, o que lhe confere a coloração rubi-avermelhada e o paladar tostado. Esta mistura única proporciona uma cerveja tipo stout, de alta fermentação, cujo balanço entre o amargor do lúpulo e a doçura do malte é facilmente perceptível. Para completar, a espuma, graças à mistura com Nitrogênio (N2), é extremamente cremosa e inconfundível.
Atualmente, a cerveja GUINNESS é produzida em 55 países e comercializada em mais de 150, o que a leva a ocupar a primeira posição do mercado cervejeiro stout com 80% de participação. Ao redor do mundo, 170 mil pubs consomem 10 milhões de pints de GUINNESS diariamente, ou 120 pints por segundo.
A marca chegou ao Brasil em 2001 e é importada diretamente da fábrica de St. James Gate. Em março de 2007, durante a celebração do St.Patrick's Day, foi lançada no país a versão longneck da cerveja. O local em Dublin onde GUINNESS foi produzida pela primeira vez ainda é a principal fábrica da marca.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Hoje é dia de St. Patrick's Day !!



Hoje é o famoso St. Patrick's Day, ou dia de São Patrício, o santo padroeiro da Irlanda.
Mais do que um feriado religioso, o St. Patrick's Day é um evento cultural, onde Irlandeses e descendentes do munto inteiro se vestem de verde, e celebram suas tradições. Entre essas tradições está a cerveja e essa é a parte que nos interessa! Portanto vista-se de verde e pegue sua Guinness, Murphy's ou Beamish, seja ela uma Irish Stout ou uma Irish Red Ale, e tenha um feliz St. Patrick's Day! Afinal, "todo mundo é irlandês no St. Patrick's Day"!
Pub's participantes de Porto Alegre:
-Shamrock Irish Pub
Rua Vieira de Castro, 32
Bairro Parque Farroupilha
Porto Alegre – RS
-Mulligan Irish Pub
Rua Pasdre Chagas , 25
Bairro Moinhos de Vento
Porto Alegre - RS

quinta-feira, 13 de março de 2008

Chega ao mercado brasileiro a Weihenstephan Vitus



A 1º vez que tomei a Vitus foi em Fev.2007 na própria fábrica da Weihenstephan, no mesmo ano de seu lançamento. É uma Weizenbock ótima , melhor do mercado , feita para os amantes da cerveja e para os "Bockbierliebhaber". Mantida nos porões do monastério por um longo período de tempo e a baixa temperatura faz desta single-bock uma cerveja muito especial encorpada e com um sabor único e marcante de malte, sua cor chega a ser brilhante , amarelo turvo seu teor alcoólico é de 7.7 %.
São Vito - São Vito nasceu na Sicília e foi martirizado por volta do ano 300. Embora sua vida esteja envolta em lenda, sabe-se que aos 7 anos já era cristão convicto. Ao descobri-lo, seu pai tentou dissuadi-lo de sua fé para que o fato não se tornasse público. Mas o que o pai temia aconteceu e o menino foi levado perante um tribunal: após ter sido açoitado foi posto em liberdade, mas para não ter que desistir de sua fé fugiu da Sicília junto com seu professor Modesto e sua ama-seca Crescência. Os três cristãos alcançaram as costas de Nápoles e chegaram a Roma onde puderam testemunhar sua fé com palavras e obras. Novamente presos e condenados às feras, foram salvos por forte tempestade que desabou sobre os espectadores possibilitando nova fuga para Lucânia. Com coragem e determinação continuaram a defender a fé cristã até serem novamente encarcerados. Sofreram o martírio sob o imperador romano Diocleciano, justamente aquele a quem Vito havia milagrosamente curado da epilepsia.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Expeditio Abadessa Secunda

Em parceria com este blog e com Calabria Turismo , será realizado dia 05 de abril de 2008 a Expeditio Abadessa Secunda , comemoração de 2 anos da Cervejaria Abadessa em Pareci Novo-RS. Maiores informações clique na imagem ao lado para visualizar.

terça-feira, 11 de março de 2008

Coolkeg: Barril sempre frio



Organizar uma festa de improviso, por exemplo, exige bastante jogo de cintura. Bolar uma refeição, comprar salgadinhos, docinhos e pensar na bebida, é lógico. Um barril de chopp nunca é má idéia. Importante é que esteja gelado, afinal, bebida quente amorna qualquer reunião social.
A preocupação em ter uma cervejinha gelada por horas e horas é coisa do passado. Pelo menos para quem conhece o barril de chopp "inteligente", que gela a bebida em meia hora sem a necessidade de qualquer recurso externo. Desenvolvido pela Zeo-Tech, uma empresa da Baviera, e comercializado pela Coolsystem, firma alemã que detém a patente, o barril é um sucesso inclusive no exterior.
A invenção, recentemente agraciada com o prêmio de inovação em aço, já conquistou cervejarias no Japão, Escócia, Austrália, Suíça, Áustria, entre outros países, além, é claro, da Alemanha. A aceitação tem sido tão boa que o fabricante terá que ampliar suas instalações. Pelo menos neste negócio não há qualquer vestígio de estagnação comercial.
"Temos clientes no mundo inteiro e não enfrentamos problemas para encontrar novos interessados. Pelo contrário, já vendemos toda nossa produção anual", revelou Gerd-Albrecht Graf, da Coolsystem. Como a demanda tem sido maior que a oferta, a meta é aumentar a produção de 120 mil barris autogelantes por ano para 200 mil.
A técnica de refrigeração empregada não é nenhuma descoberta recente e já existe há 15 anos. A novidade, entretanto, é sua nova aplicação. O barril autogelante (disponível para 5, 8, 10, 12, 15 ou 20 litros) funciona da seguinte maneira: a cerveja fica armazenada em uma espécie de bolha localizada na parte central de um reservatório de vaporização. A parede externa deste reservatório é composta por um tipo de zeólita, um mineral natural que também pode ser preparado sinteticamente. Com composições químicas e estruturas cristalográficas, as zeólitas agem como eficientes catalisadores.
No caso específico do barril, quando acionada, a zeólita armazenada a vácuo ativa a evaporação da água acumulada no reservatório produzindo vapor frio que, por sua vez, é capaz de baixar a temperatura da cerveja localizada na bolha central para os 5 ou 7graus. Com isso, a parte mais próxima da superfície externa do barril fica aquecida e a interna gelada.
Mas não significa que o usuário tenha que comprar luvas para manusear o barril. O revestimento de polistirol impede que a temperatura de até 80ºC seja perceptível ao tato. Outra vantagem é que em cerca de meia hora a cerveja está gelada e permanece assim por 12 horas, mesmo sob um sol escaldante.
O Collkeg, como o barril é chamado, é um produto perfeito em termos ecológicos, afirmou Graf. "Este produto gela com o uso de água e zeólita, um mineral que não é nocivo nem corrosivo e tampouco cancerígeno, sendo inclusive comestível."

É mais uma opção para conservar cervejas artesanais para viagens longas.
O barril pode ainda ser reutilizado por cerca de mil vezes e a energia gasta para sua regeneração é equivalente à consumida em alguns minutos de forno ligado, cerca de 2, 2 quilowatts, o que representa, em termos financeiros, algo em torno dos 8 centavos de euro.
Uma desvantagem, se é que assim se pode dizer, é seu custo. Em comparação com o barril convencional disponível no mercado, o autogelante sai 33% mais caro. Apesar disso, as cervejarias estão apostando na nova idéia. Isto não deixa de ser boa notícia para os que apreciam um bom chopp, afinal, quanto maior a adesão, menor será o custo final para o consumidor. Como diriam os alemães, prost!

segunda-feira, 10 de março de 2008

A origem do Biergarten


Quando os termômetros acusam temperaturas mais altas no país, a população alemã corre em direção às cervejarias ao ar livre. Para acompanhar a cervejinha fresca, degustada sob a sombra de uma ou outra castanheira, nada como uma boa salsicha.
A origem das cervejarias alemãs ao ar livre aconteceu por acaso. E graças ao rei bávaro Ludwig I. Pois foi ele quem determinou que a cerveja só poderia ser fabricada nos meses de inverno. Já naqueles tempos, as pessoas no sul da Alemanha apreciavam cervejas de baixa fermentação, que precisavam de uma temperatura que variava de quatro a oito graus. Como não exisitiam refrigeradores na época, a bebida não podia ser fabricada nas estações quentes do ano.
Para, mesmo assim, poder tomar cervejas de baixa fermentação no verão, os cervejeiros mandaram construir fora da cidade porões de até 12 metros de profundidade, às beiras de rios como o Isar. Ali, a cerveja era armazenada e amadurecida em barris, sob blocos enormes de gelo, arrancados de rios e lagos durante o inverno.
Para proteger a cerveja do calor do sol, os cervejeiros espalhavam pedras claras sobre o chão desses porões e plantavam nos arredores castanheiras ou tílias, que proporcionavam sombra. Nesses locais agradáveis, a cerveja fresquinha era então consumida durante o verão, o que atraía hordas de consumidores sedentos.
Quando as cervejarias de Munique começaram a perceber o quanto suas concorrentes de fora iam bem com aquele negócio, resolveram protestar. O rei Ludwig I compreendeu a situação. Com uma sabedoria salomônica, determinou que a cerveja poderia continuar a ser consumida perto dos porões, tendo proibido, porém, que nesses locais fossem servidas também refeições. Logo, os mais famintos eram obrigados a se deslocar até Munique, caso quisessem comer algo.
E ali estão até hoje. Em nenhuma outra cidade alemã, há tantos, tão antigos e tão amplos bares e restaurantes ao ar livre. Apenas um deles, o Hirschgarten (Cervejaria Augustiner mais antiga de Munique 1328) poderia abrigar todos os habitantes de um pequeno povoado: a enorme cervejaria tem capacidade para nada mais nada menos que oito mil pessoas.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Copos parte 2: Principais fábricas

Em outra matéria já expliquei as principais características e os copos adequados para cada tipo de cerveja. Hoje insiro este post para , a título de curiosidade , liberar o site dos 3 principais fabricantes de copos de cerveja da Europa.

http://www.sahm.de/
http://www.rastal.de/
http://www.ritzenhoff-cristal.de/

Todos os 3 alemães , de diversos tipos e modelos são os copos usados em toda a Europa para cervejas alemãs e também de outros paises.

terça-feira, 4 de março de 2008

Quando a cerveja chegou ao Brasil

A bebida provavelmente foi trazida pela primeira vez ao país pelos holandeses, no século 17, pela Companhia das Índias Ocidentais (1634-1654). A cerveja deixou o Brasil junto com os holandeses em 1654, voltando em 1808, juntamente com a família real portuguesa. Um dos maiores incentivadores à implantação da bebida no Brasil teria sido D. João 6º, grande apreciador de cerveja.
Devido à grande influência comercial que a Inglaterra exercia sobre Portugal nessa época, as cervejas inglesas dominaram o mercado brasileiro até os anos 1870. No final do século, quando a importação voltou a crescer, a preferência passou a ser pela cerveja alemã, que vinha em garrafas e em caixas, ao contrário das inglesas, acondicionadas em barris. A cerveja alemã se contrapunha à inglesa: era clara, límpida, conservava-se melhor e agradava mais ao paladar da época. O período áureo da cerveja alemã não foi longo, já que em 1896 os impostos de importação foram quadruplicados. Com essas dificuldades, somadas ao desenvolvimento da indústria cervejeira nacional, praticamente cessaram as importações no início do século 20.