Por duas vezes em uma semana, este ano, tomei cerveja artesanal estragada em 2 dos pub's dos mais conceituados de Porto Alegre. Ambas de barris. As duas apresentaram alto grau de oxidação , aparentemente não percebido pela maioria dos frequentadores locais. Ao reclamar para o gerente de uma das casas, o mesmo informou que esta cerveja era assim mesmo, com esse gosto. Já subestimando meu conhecimento sobre cervejas, o gerente ofereceu outro produto de pior qualidade para troca , quando solicitei a ele que provasse a cerveja que eu estava tomando, o mesmo me informou que não poderia fazer isto, então solicitei que ele experimentasse a cerveja em outro copo. Feito isso e constatado o problema, ele trocou o barril na hora e pediu desculpas. A mesma coisa aconteceu na outra casa. O que ocorre em Porto Alegre, é que existe uma oferta enorme de cervejas artesanais e importadas , mas ao mesmo tempo existe uma falta de informação muito grande por parte da maioria dos frequentadores de bares e restaurantes que não conseguem distinguir uma cerveja boa de uma estragada. Como as cervejas artesanais não possuem conservantes , e na maioria das vezes não são filtradas nem pasteurizadas , devem ficar armazenadas em freezers com temperaturas médias de 2ºC . Só que apenas as engarrafadas são armazenadas nestes locais , sendo assim , os barris ficam em temperatura ambiente ou até mais elevada junto aos motores de chopeiras elétricas chegando a temperaturas absurdas de até 50ºC.
Falta mais carinho por parte dos comerciantes para investimentos em câmaras frias ou balcões refrigerados para evitar este tipo de problema que mesmo não sendo detectado pelo consumidor é uma forma de desprestigiar as cervejas artesanais. Como o leigo não conhece, bebe uma cerveja estragada, não sabe que ela se encontra assim e acaba achando que ela é apenas ruim.
É a velha manha brasileira de não fazer o que é correto, pelo simples fato de que o correto aqui no Brasil é burrice e o que é errado, é malandragem.
Falta mais carinho por parte dos comerciantes para investimentos em câmaras frias ou balcões refrigerados para evitar este tipo de problema que mesmo não sendo detectado pelo consumidor é uma forma de desprestigiar as cervejas artesanais. Como o leigo não conhece, bebe uma cerveja estragada, não sabe que ela se encontra assim e acaba achando que ela é apenas ruim.
É a velha manha brasileira de não fazer o que é correto, pelo simples fato de que o correto aqui no Brasil é burrice e o que é errado, é malandragem.
Um comentário:
Muito boa Pedro, estás conseguindo chamar a atenção dos consumidores mais leigos a serem um pouco mais exigentes, reforçando, de certa forma, aos donos dos estabelecimentos "malandros" que o barato pode sair caro, ou seja, podem perder clientes!!!
Postar um comentário