A polêmica em torno do plano da Ambev de adotar uma garrafa de vidro de 630 ml exclusiva para seus produtos teve novo capítulo ontem com a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de rever a proibição da embalagem.Desde 25 de junho, a empresa estava impedida de usar o novo vasilhame por determinação da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça.Com a nova decisão, a companhia, que detém 70% do mercado, pode voltar a comercializar a garrafa até o julgamento definitivo do mérito, o que deve demorar pelo menos um ano. A permissão é restrita ao Estado do Rio de Janeiro, com a marca Skol, e ao Rio Grande do Sul, com a marca Bohemia. Era com esses rótulos que a Ambev testava a embalagem nos dois Estados desde o ano passado.A nova embalagem provocou a reação de outras cervejarias como Femsa, Petrópolis e Imperial, além da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil. A entidade e a Femsa ingressaram em junho com uma representação na SDE pedindo a proibição da venda do produto. Segundo a assessoria de imprensa da Ambev, o grupo vai se pronunciar apenas após a determinação final do Cade.
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